Não é de hoje que personagens muito bem construídos, em projetos quase sempre detalhistas, nos levam à reflexões sobre o tão profunda e enigmática é a mente humana. Desvendar seus mistérios é quase como enfrentar um quebra-cabeças de milhões de peças. Pensando sobre esse curioso retrato, separamos abaixo uma lista muito interessante com 10 filmes que mostram que a mente humana é um enorme quebra-cabeça:
Rua Cloverfield, 10
Na trama, conhecemos rapidamente a bela Michelle (Mary Elizabeth Winstead) que dirige meio que sem destino por uma via expressa norte-americana, até que uma caminhonete bate na traseira do carro dela causando um acidente. Horas depois a protagonista está presa em um quarto e logo é surpreendida por Howard (John Goodman) um ex-militar que avisa Michelle que o mundo está dominado por forças extraterrestres e que é para ela nunca sair dali. Completamente perturbada com tantas situações e informações chocantes, Michelle terá que ter muita confiança para tomar as decisões corretas.
Na trama, conhecemos a família Parker que logo de cara sofre com o falecimento suspeito da matriarca e com a chegada de uma tempestade terrível. Esses dois acontecimentos mexem com a rotina da pacata família que esconde segredos inimagináveis do resto da população da cidadezinha em que vivem. A figura do pai, interpretado de maneira preguiçosa pelo ator Bill Sage, não consegue avultar-se sobre a história. Toda a trama gira em torno deste personagem que passa o tempo todo com a cara fechada, amargurada, cozinhando e tentando esconder os segredos de sua família a qualquer preço.
Os Suspeitos
Em uma certa tarde, duas meninas são sequestradas na porta de casa levando seus pais a um limite emocional e físico em busca do paradeiro delas. Um desses pais, Keller Dove (Hugh Jackman) ultrapassa todos os limites quando resolve sequestrar e torturar o principal suspeito do sequestro. O detetive Loki (Jake Gyllenhaal), responsável pelo caso, acaba se envolvendo com a história mais do que devia e acaba descobrindo um plano macabro e inacreditável.
As peças espalhadas da mente. Com um trailer impactante que gerou muita ansiedade nos cinéfilos, Sorria chegou aos cinemas brasileiros no segundo semestre de 2022 trazendo uma história que se fortalece na mensagem indireta de conflitos ligados as emoções humanas. Um dos méritos do roteiro é o confronto da razão com as emoções profundas feito muitas vezes por metáforas e até mesmo elementos sobrenaturais, esse último acaba afastando um pouco dos trilhos da narrativa mas sem deixar de ter seus impactantes momentos de tensão. O projeto é escrito e dirigido pelo cineasta Parker Finn em seu primeiro longa-metragem de ficção.
Na trama, conhecemos Paula (Elena Anaya, de A Pele que Habito) e Simón (Pablo Molinero), um casal que vive juntos já algum tempo e moram num lugar espaçoso, repleto de natureza e com vizinhos muito próximos. Certo dia, de noite, quando estavam voltando para casa acabam se deparando com uma cena perplexa de uma criança correndo sozinha pela estrada e que acaba causando um acidente. Dias após a levarem ao hospital, e mantendo um vínculo próximo com a garota, chega a eles a sugestão de adotarem temporariamente a jovem. Eles embarcam nesse desafio e aos poucos vão tentando interagir com ela, mas coisas estranhas começam a acontecer, situações que afetam a vida do casal.
Dirigido pela cineasta Maria Clara Escobar, em seu primeiro longa-metragem de ficção como diretora, o filme nos leva para a história de Laura (Carla Kinzo) que está num relacionamento há oito anos com Israel (Otto Jr.) com quem tem um filho. Ela se vê paralisada diversas vezes pelas dúvidas e formas de entender a sua vida. Além de tudo, entender um lugar que já tentou olhar demais acaba sendo o ponto de ruptura que chega para a personagem. Certo dia, resolve sair de casa, embarcando em uma viagem sem avisos, deixando Israel e seu filho, em busca de reconectar consigo mesma. As imagens aqui dizem muito, muitas vezes sem falas, é um recorte profundo que muitas vezes pode parecer um quebra-cabeça para o espectador pois a narrativa gira em torno de uma personagem em conflito.
Eu Estava em Casa, Mas…
A busca da própria verdade pessoal. Ganhador do Urso de Prata de Melhor Direção (Angela Schanelec) em Berlim no ano de 2019, Eu Estava em Casa, Mas… é um curioso longa-metragem alemão de planos quase estáticos, muito atento aos detalhes. Mas a questão é essa: que detalhes seriam esses? Alguns vão achar que é um filme sobre o nada, outros uma mera e caótica tentativa de trazer para debate conflitos que podemos enxergar na realidade, na vida real, ligados à família, pais e filhos, dentro de um panorama europeu. Em certo momento, possui uma certa desponderação sobre a arte rebatendo a pergunta: O quão raso e vazio pode ser o atuar perante os olhos de quem não consegue conscientizar?
Eu Estava Justamente Pensando em Você
Na trama, acompanhamos a história de amor profunda entre Dell (Justin Long) e Kimberly (Emmy Rossum), um jovem casal que se conhece de maneira inusitada e durante um certo período de tempo, vive intensamente todos os bons e terríveis momentos que uma rotina à dois pode oferecer. Indagações sobre a forma de viver, sobre o amor, o pensar os 5 minutos depois de um grande acontecimento, as inseguranças que geram um possível relacionamento.
Na trama, conhecemos Anthony (Anthony Hopkins), um homem já no terço final de sua vida, perto dos 80 anos, que vive seus dias em um apartamento confortável em Londres onde recebe a visita constante de sua filha Anne (Olivia Colman). Quando essa última conta para ele que está indo morar em Paris, situações diferentes começam a aparecer nos seus dias, até mesmo personagens diferentes mas que significam algo ao redor da vida dele, e assim conflitos familiares são trazidos à tona. Alucinações? Lembranças? Quais peças não estão lugar?
Na trama, conhecemos Georges (Romain Duris), um contador de histórias, meio malandro, que durante uma festa que chegou de penetra acaba conhecendo a bela Camille (Virginie Efira), por quem logo se apaixona e tem um filho. O cotidiano deles é repleto de festas, contas sem pagar, vivendo em um universo de fantasia que acaba passando para seu filho. O casal tem a rotina de escutar, naquelas vitrolas antigas, em muitos desses momentos a canção Mr. Bojangles. Em certo momento, Camille começa a apresentar sinais de que não quer nem consegue acessar o cotidiano e a realidade que se apresenta.
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