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200 alunos da rede estadual com altas habilidades apresentam projetos em Foz do Iguaçu


A estudante do Ensino Médio Bianca Schmidt, do Colégio Estadual Marechal Castelo Branco, no município de Primeiro de Maio, criou um robô para ajudar pessoas com Alzheimer a manterem as suas rotinas. A invenção rendeu à aluna a 1ª colocação na edição 2022 da Feira Científica do Núcleo de Altas Habilidades da Secretaria de Estado da Educação (Seed), que retorna em sua terceira edição com número recorde de projetos inscritos. O evento acontece a partir desta terça (30) e segue até sexta-feira, 2 de agosto, em Foz do Iguaçu.

A cada ano, o evento tem despertado o interesse de mais participantes com altas habilidades e do público em geral. Na primeira edição, em 2022, houve 99 projetos inscritos, número que triplicou no ano seguinte, passando para 300, dos quais 96 foram selecionados. Neste ano, a Seed recebeu 435 projetos e aprovou 200 deles. A previsão é que a feira receba mais de 700 alunos.

Os trabalhos foram distribuídos nas categorias de ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Naturais, Exatas, da Saúde e Agrária, Tecnologias/Robótica, além da categoria Pequenos Cientistas, exclusiva para alunos do 1º ao 7º ano do ensino fundamental. A avaliação deles será feita por uma banca formada por representantes de universidades brasileiras, Ministério da Educação do Uruguai e Universidade de Montevidéu.

“A feira é um espaço fundamental para estimular a pesquisa, o intercâmbio de conhecimentos e a inclusão na educação. Os projetos desse ano refletem o crescimento quantitativo, mas também a qualidade e diversidade dos projetos apresentados pelos estudantes”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda.

Um dos projetos aprovados é novamente da Bianca, que neste ano levou para a feira “Jogos em Libras: uma jornada de inclusão na escola para alunos ouvintes”, que visa diminuir barreiras de comunicação entre estudantes surdos e ouvintes. “Com a ajuda da professora de Libras e alunos no magistério, fizemos cartazes com o alfabeto e os numerais em Libras e deixamos expostos no pátio da escola para que os alunos começassem a ter a curiosidade em aprender”, conta.

Em dupla com outro colega, Bianca adaptou o que chamou de Sudoku (quebra-cabeça milenar da cultura japonesa) em Libras. “Levamos esse jogo para alunos do Ensino Médio e, como esperado, tivemos resultados positivos. Eles se interessaram em aprender e começaram a se aprofundar nessa língua com o material de apoio para traduzir a linguagem e poderem jogar”, completa a estudante.

FEIRA – A Feira Científica de Altas Habilidades/Superdotação tem como objetivo integrar técnica, ciência e cultura para impulsionar mudanças no processo de aprendizagem no ensino básico e na educação profissional técnica, estimulando o desenvolvimento da cultura da investigação. O evento busca despertar o interesse pela ciência, pesquisa e projetos que ampliem o conhecimento, promovendo o intercâmbio entre estudantes com altas habilidades, alunos com deficiência e professores.

Segundo a chefe do Departamento de Educação Inclusiva, Maíra de Oliveira, outro ponto positivo do evento é o fortalecimento da relação entre o corpo estudantil do ensino tradicional e a Educação Especial. “Ao longo das edições anteriores, observou-se um aumento significativo no engajamento das escolas da rede pública estadual e o aumento do envolvimento da comunidade escolar no processo educacional inclusivo”, comentou Maíra.

Em agosto é celebrado o mês internacional da superdotação e o Paraná destaca-se no cenário nacional com mais de 8 mil estudantes identificados com altas habilidades.

Serviço:

Feira Científica para alunos com altas habilidades

Data: 30 de julho a 2 de agosto

Abertura: 15h30

Local: Rafain Palace Hotel & Convention

Endereço: Av. Olímpio Rafagnin, 2357 – Parque Imperatriz, Foz do Tiradentes 6.565



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