Brendan Fraser voltou a ganhar os holofotes por conta de sua atuação em ‘A Baleia‘, que lhe rendeu o prêmio de Melhor Ator no Critics Choice Awards e uma indicação à categoria no BAFTA.
Mas o astro decidiu relembrar suas origens em ‘A Múmia’ e surpreendeu uma plateia que assistia ao filme no Prince Charles cinema, em Londres.
O intérprete de Rick O’Connell subiu ao palco e arrancou risos da plateia ao relembrar alguns momentos marcantes do longa.
Confira:
Brendan Fraser surprises fans at a mummy double feature at the prince Charles cinema. Amazing! pic.twitter.com/cuvIZmQdSX
— Niall McGourty (@NiallMcGourty) January 20, 2023
O astro desempenhou o papel originalmente em 1999 e retornou para mais duas sequências, intituladas ‘O Retorno da Múmia‘ (2001) e ‘A Múmia: Tumba do Imperador Dragão‘ (2008).
No entanto, Fraser acha que ainda há mais história para contar sobre esse universo…
Enquanto relembrava sua trajetória como ator durante uma entrevista para o Deadline, o astro foi questionado sobre a possibilidade de reprisar o papel, ao que ele respondeu:
“Essa é uma questão que está em aberto há algum tempo. Não sou contra, não conheço um ator que não queira um emprego. Para ser sincero, acho que nunca fui tão famoso e não assalariado ao mesmo tempo em minha vida profissional, então, me liguem.”
E aí, você gostaria de revê-lo retornando para mais aventuras?
Até lá, vale lembrar que ‘A Baleia‘, drama dirigido por Darren Aronofsky (‘Mãe!’), chega aos cinemas nacionais em 23 de fevereiro com distribuição da Califórnia Filmes.
Indicado ao Globo de Ouro de Melhor ator em filmes dramáticos, Fraser interpreta Charlie, um professor de 270 Kg, que não consegue sair do sofá, e repleto de problemas emocionais. No Festival de Veneza, em setembro passado, ele também recebeu quase 10 minutos de aplausos na sessão de gala do longa, e o ator é um dos mais cotados para o Oscar.
Fraser se transformou fisicamente para viver o personagem: um homem com obesidade severa que não consegue sair do sofá. Professor de literatura, ele precisa se confrontar com seu passado, que envolve uma filha adolescente (Sadie Sink) e sua ex-mulher (Samantha Morton).
O roteiro é escrito por Samuel D. Hunter, baseado em sua peça homônima.
“O que eu gosto sobre A BALEIA é como nos convida a ver a humanidade dos personagens, que não são totalmente bons ou maus, eles têm nuances como qualquer pessoa, e vivem vidas muito ricas”, conta Aronofsky, que se interessou em adaptar a peça desde que a viu, mais de dez anos atrás.
Fraser, por sua vez, conta que teve uma entrega total ao personagem, como nunca fizera antes, para mostrar toda a força e vulnerabilidade de Charlie. “Ele tem uma melancolia que o paralisa que vem do fato de nunca poder ter sido a pessoa que queria ser. Ele carrega muitos sentimentos de culpa”, explica o ator.
Ele também defende o personagem, que, para ele, não é mesquinho ou calculista, mas vítima de suas próprias escolhas. “Charlie feriu as pessoas por não ser direto, não ser autêntico, e agora vive uma batalha consigo mesmo. Ele deixou de lado de acertar as contas com as pessoas que amava, e agora pode ser tarde demais para fazer isso. Quando diz aos seus alunos que precisam encontrar uma maneira de dizer a verdade, no fundo, ele está falando isso para si mesmo.”
Aronofsky confessa que sempre esteve próximo de Fraser durante todo o processo, a fim de protegê-lo, pois sabia que, ao entrar no personagem, o ator também ficaria muito fragilizado emocionalmente. “Há uma espécie de casamento entre o poder das palavras do roteiro e a coragem da interpretação de Brendan. Conversamos muito sobre como queríamos aproximar, mas também afastar o público do personagem.”
“Preconceito contra obesidade é uma das últimas fronteiras das maneiras de uma pessoa menosprezar a outra. Muitas vezes, as pessoas do tamanho de Charlie são invisíveis, vistas apenas por suas famílias e cuidadores. É uma forma de silenciamento. Conversando com essas pessoas, percebi que, como qualquer um, elas querem ter suas histórias contadas, e serem tratadas de maneira justa e honesta. Isso tudo foi um impulso para me levar à autenticidade do personagem”, conclui Fraser.
Aronofsky é conhecido por seus densos e críticos filmes que, normalmente, são alvo de diversas controvérsias. Seus trabalhos mais reconhecidos são ‘Réquiem para um Sonho’, que trouxe Marlon Wayans, Jennifer Connelly, Jared Leto e Ellen Burstyn em uma trama sobre vício em drogas; ‘Cisne Negro’, estrelado por Natalie Portman e que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Diretor; e ‘Mãe!’, thriller psicológico estrelado por Jennifer Lawrence e Javier Bardem.
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