Pesquisadores da Universidade Federal Fluminense estão desenvolvendo um sistema que promete tornar mais rápida e eficiente a distribuição de vagas para pacientes em hospitais.
Depois de pesquisar quais são os gargalos do processo manual, feito atualmente pela Central de Regulação de Internações, os pesquisadores criaram um algoritmo, um sistema de instruções e comandos, capaz de executar tarefas e solucionar problemas, de forma automatizada. A iniciativa ainda está em fase de testes.
O professor Fábio Protti, um dos idealizadores do projeto, diz que a ideia é aprimorar o sistema, para que possa ser utilizado tanto na rede privada quanto pública. Ele explica que o algoritmo do sistema observa o perfil dos pacientes e as características dos leitos disponíveis. O sistema desenvolvido pela UFF visa atender às necessidades de cada indivíduo, com menor custo em menos tempo.
“Po rum lado nós temos os mapas dos quartos. Cada quarto vai ter as suas características, número de leitos, facilidades do quarto, a especialidade médica ao qual o quarto está associado. Por outro lado nós temos os pacientes. Cada paciente tem suas demandas, suas características, suas necessidades. Então o sistema tenta alocar os pacientes de acordo com o critério de otimização. É assim que o algoritmo trabalha”, explica Protti.
A ideia é que, na entrada de um novo paciente na lista de espera por um leito, o operador coloque as características dele no sistema automatizado e o próprio sistema reorganize as alocações, contribuindo para a redução do tempo.
Fábio Protti destaca que o sistema ainda precisa de ajustes para sua implementação, mas se diz otimista.
“Para que se equiparem aos melhores algoritmos da literatura científica, na área de logística médica, ainda tem um certo caminho a percorrer nesse sentido. E por outro lado também, vai exigir treinamento. Talvez algumas mudanças na parte de infraestrutura computacional e assim por diante. Mas eu vejo com otimismo a possibilidade de um uso do nosso sistema a médio prazo”, comenta o professor.
Atualmente, os pesquisadores trabalham para aperfeiçoar o algoritmo e os resultados. Eles também preparam uma versão completa do estudo. O projeto em andamento possui apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro.