É pouco provável que atualmente alguém não conheça a organização especializada em hackeamento autointitulada Anonymous. Os ataques da organização têm como foco figuras públicas que cometeram algum tipo de crime e escondem segredos que podem ser encontrados virtualmente, mas com um alto nível de proteção.

É então que a proposta descentralizada de hackers invade os dados pessoais e os expõe ao mundo, sendo por alguns conhecido como um “ciberativismo”.

Tais como a maioria, se não todos, os hackers da associação mantêm-se no anonimato (seu nome deixa isso bem claro). Também não há um líder ou governo sendo aberto para aqueles que compreendem e simpatizam com sua ideologia. Contudo, não são todos os hackers que possuem esse tipo de abordagem mais anônima.

De acordo com o relatório da empresa de cibersegurança Kaspersky, que foi ao ar na última segunda-feira (30), foi possível encontrar por toda a internet, no período de 2020 a 2022, cerca de 155 sites clandestinos contendo propostas de trabalho para hackers.

Hackers podem receber até R$ 102 mil por mês

Segundo o relatório publicado pela empresa, muitas das propostas tinham salários altíssimos. Inclusive, apenas para a realização de um teste, eram pagos US$ 300, o equivalente a 1,5 mil reais.

Enquanto isso, outras remunerações escalaram de acordo com a especialidade do “contratado”, sendo a mais baixa para designers e a mais alta para desenvolvedores.

De acordo com a Kaspersky, os salários têm aumento progressivo na seguinte ordem: Designers, Administradores, Analistas, Engenheiros Reversos (referente à Engenharia Reversa, processo de desmontar algo para compreender como funciona), Especialistas em Ciberataque e, por fim, Desenvolvedores.

Tal como qualquer tipo de contratação, segundo a Kaspersky, o processo para aqueles interessados nas vagas é feito por meio do envio de currículos e posterior teste para aprovação. Algumas propostas envolvem até uma entrevista com o candidato.

Logicamente, não é necessário lembrar que hackear é um crime, portanto, passível de multa ou até mesmo prisão. Além disso, essas “propostas de emprego” tratam de remuneração e contratos fora da lei.

Sendo assim, quem optar por realizar tais “trabalhos” não está sujeito a nenhuma lei trabalhista e ainda corre o enorme risco de as empresas como a Kaspersky descobrirem e mandá-lo para a prisão.

Abaixo, é possível visualizar uma das propostas que a Kaspersky encontrou:

Imagem: Kaspersky



Via R7.com