Home Editorias Agricultura Bananicultura: pesquisa sugere revisão em tabelas para interpretação de análise de solo

Bananicultura: pesquisa sugere revisão em tabelas para interpretação de análise de solo


O teor de fósforo e potássio no solo pode estar subestimado nos manuais de adubação e calagem de bananeiras, conforme resultados de pesquisa recentemente publicados em artigo científico na Revista Brasileira de Fruticultura (ver link abaixo).

Esses manuais e boletins técnicos são publicações oficiais da pesquisa que estabelecem protocolos para a definição de dosagens e estratégias de aplicação de fertilizantes e corretivos.

O engenheiro-agrônomo José Aridiano Lima de Deus, do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), um dos autores da pesquisa, explica que o estudo avaliou resultados de análises químicas de solo e foliares e, também, de produtividade em 53 pomares comerciais de bananeira caturra do Vale do Itajaí e do Litoral Norte de Santa Catarina.

As informações foram avaliadas com auxílio de técnica chamada “Linha de Fronteira”, um modelo matemático que possibilita descrever relações de causa e efeito entre informações de um banco de dados. “A proposta para a cultura da banana é que o nível crítico de fósforo seja atualizado dos atuais 18 para 85 mg/dm3, e o de potássio de 90 para 229”, explica José Aridiano.

Nível crítico é o teor do nutriente disponível no solo necessário para a obtenção da produção com máxima eficiência econômica.

Os resultados do estudo se aplicam aos plantios paranaenses de banana, segundo José Aridiano, que participa do projeto por intermédio de cooperação técnica estabelecida entre o IDR-Paraná e a Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina). “Temos estudos semelhantes em andamento aqui no Paraná também”, afirma.

É consenso que manuais de calagem e adubação devem ser revisados com frequência, em virtude de mudanças no sistema de produção, inclusive no uso de fertilizante, e lançamento de novas cultivares no mercado. “Mas isso nem sempre é possível, dado o alto custo e tempo necessário para montar redes complexas de experimentos. O método da Linha de Fronteira encurta esse caminho”, explica.

PARTICIPANTES – Também participaram do estudo Gelton Geraldo Fernandes Guimarães, da Epagri, e Antonio João de Lima Neto, ligado à UFCG (Universidade Federal de Campina Grande), na Paraíba.O artigo completo, em inglês, pode ser acessado AQUI.



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