O Complexo Hospitalar do Trabalhador (CHT), em Curitiba, iniciou nesta semana a aplicação da vacina BCG nos recém-nascidos nas primeiras horas de vida, antes da alta hospitalar. A imunização é garantida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e previne contra as formas graves da tuberculose. A “vacina da marquinha” já foi aplicada em cinco bebês e a expectativa é chegar a 280, média mensal de nascimentos na unidade.
A aplicação da vacina BCG é preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde nas primeiras horas de vida ou nos primeiros 30 dias de vida do recém-nascido. Em fevereiro de 2024 a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) iniciou a implementação desse imunizante nas 24 maternidades de alto risco do Paraná, além da maternidade Mater Dei, em Curitiba, que atendem gestações de alto risco.
Até agora, 14 dessas maternidades já receberam capacitação e orientação dos profissionais de saúde estaduais para a aplicação da vacina. “Estamos trabalhando para que essa ação seja realizada em todas as maternidades de risco. Ao nascer, os bebês necessitam de muitos cuidados, pois não possuem as defesas do corpo necessárias para combater infecções e doenças. Estamos na luta contra a tuberculose no Paraná e queremos garantir proteção aos recém-nascidos”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
A BCG previne contra as formas graves da tuberculose (meníngea e miliar) e é feita com o bacilo de Calmette-Guérin, que é uma forma enfraquecida da bactéria que causa a doença. Ao longo dos anos, a BCG demonstrou eficácia significativa. Estudos demonstraram que a vacinação neonatal proporciona mais de 80% de proteção contra a tuberculose grave.
Referência em todo o Paraná, a área materno-infantil do CHT oferece pronto atendimento para emergências ginecológicas, obstétricas e atenção especializada para gestações de alto risco e cuidados aos bebês prematuros extremos, nascidos com menos de um quilo.
As crianças que porventura não receberam a BCG na maternidade – a vacina não é aplicada em bebês que nasceram com peso inferior a dois quilos – devem ter a caderneta atualizada logo na primeira visita ao posto de saúde ou podendo ser aplicada até os 4 anos, 11 meses e 29 dias, conforme orientação do Ministério da Saúde.
“A cobertura vacinal da BCG no Paraná é de 99,59%, maior que a média nacional, mas este movimento para a implementação da BCG nas maternidades do nosso Estado objetiva a proteção do bebê o mais rápido possível”, disse a chefe da Divisão de Vigilância do Programa de Imunização da Sesa, Virginia Dobkowski Franco dos Santos.
Maternidades de alto risco que aplicam BCG:
Hospital Santa Casa de Misericórdia – Campo Mourão
Hospital Universitário Regional de Maringá – Maringá
Santa Casa de Maringá Hospital e Matermindade Maria Auxiliadora – Maringá
HNSG Hospital Providência Materno Infantil – Apucarana
Santa Casa de Cornélio Procópio – Cornélio Procópio
Hospital Regional do Litoral – Paranaguá
Hospital e Maternidade Municipal de São José dos Pinhais – São José dos Pinhais
Hospital do Rocio – Campo Largo
Instituto Virmond – Guarapuava
Hospital de Caridade São Vicente de Paulo – Guarapuava
Associação de Proteção à Maternidade e à Infância – União da Vitória
Issal – Pato Branco
Hospital Regional do Sudoeste Walter Alberto Pecoits – Francisco Beltrão
Santa Casa de Paranavai – Paranavaí