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Beija-Flor exalta carnavalesco Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, o Laíla


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A Beija-Flor de Nilópolis levará em 2025 para a avenida uma homenagem a um dos ícones do Carnaval e figura importante de sua história.

“Laíla de todos os santos, Laíla de todos os Sambas” é o enredo exaltação ao lendário diretor de Carnaval, Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, ou simplesmente Laíla, que por mais de cinco décadas construiu um legado e se transformou num dos grandes nomes dos desfiles das escolas de samba.

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Série Carnaval – Beija-Flor de Nilópolis, por Tânia Rêgo/Agência Brasil

Nascido e criado no Morro do Salgueiro, na Tijuca, zona norte do Rio, Laíla estreou na escola da Baixada Fluminense em 1976, como diretor de Carnaval e de Harmonia. Já era uma figura ilustre e logo de cara garantiu à Beija-Flor três títulos seguidos. Entre idas e vindas para outras escolas, inclusive de São Paulo, Belém e Porto Alegre, foram cerca de 30 anos só na Beija Flor.

Para o carnavalesco João Vitor Araújo, que fará seu segundo carnaval na agremiação, Laíla é um dos pilares da azul e branco.

“Então contar um pouco da história desse cara, o talento musical sem igual que o Laíla tinha. E falar sobre os carnavais que ele fez em outras escolas também, o legado que ele deixou em outras escolas e a chegada dele na Beija Flor de Nilópolis, que revolucionou a história, tudo isso transformado pelas mãos e pelo conhecimento do Laíla”.

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O enredo conta também sobre a religiosidade de Laíla, conhecido por ser um homem de fé. Defensor da liberdade religiosa e das crenças de matriz africana, levava consigo a força dos orixás.

“E um cara que ficou muito conhecido pela sua superstição, pela sua fé, pela devoção aos orixás, né? Tanto que a marca registrada do Laíla eram aquelas guias enormes, várias guias no pescoço e de tantos rituais, louvando a Exu, louvando aos orixás, ali na entrada da Marquês de Sapucaí, antes da Beija Flor de Nilópolis desfilar. Filho de Xangô com Iansã, que acreditava em deus e acreditava em todas as crenças. Ele dizia que o que fosse bom ele estava louvando e estava cultuando”. 




Rio de Janeiro (RJ), 07/02/2025 – João Vitor Araújo, carnavalesco da Beija-Flor de Nilópolis, no barracão da escola, na Cidade do Samba, zona portuária. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Segundo o carnavalesco, foi do presidente da Beija-Flor, Almir Reis, a ideia da homenagem a Laíla, que morreu de Covid, aos 78 anos, em junho de 2021. O enredo foi decidido logo após o oitavo lugar no último Carnaval.

Em 2025, a escola será a segunda a entrar no Sambódromo, na segunda-feira, dia 3 de março.

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*Com supervisão de Tâmara Freire




Via Agência Brasil

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