O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em reunião bilateral com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, durante a Cúpula do G20, neste sábado (9), afirmou que deseja reativar a parceria estratégica entre os dois países, especialmente na área de defesa.

“Conversamos sobre reativar a parceria Brasil-Turquia, que estava abandonada. Falamos também do aumento do comércio entre os dois países, da cooperação na área de defesa e as perspectivas pela paz no mundo”, afirmou o presidente brasileiro em rede social. O Planalto apontou que o comércio bilateral, que chegou a US$ 4,9 bilhões em 2022, tem muitas frentes para ampliação.

Lula contextualizou que uma das possibilidades citadas é o mercado de aviação. O presidente afirmou que o Brasil está pronto para facilitar discussões entre Embraer e Turkish Airlines no contexto de potenciais novas aquisições planejadas pela empresa turca.

Na reunião, Lula lamentou o terremoto que causou cerca de 50 mil mortes na Turquia e na Síria em fevereiro. Na ocasião, o governo brasileiro enviou militares e civis para ajudar nos esforços de buscas por sobreviventes.

Ainda no contexto global, o presidente brasileiro elogiou os esforços do governo turco para mediar o conflito entre Rússia e Ucrânia, que conseguiu resultados concretos, como o acordo para troca de prisioneiros entre os dois lados.

Lula enfatizou que o Brasil está pronto para contribuir com qualquer proposta real de diálogo e garantiu o apoio do Brasil à retomada do acordo de grãos, para tentar garantir a segurança alimentar para mais países do mundo.

Ele ressaltou também que os obstáculos ao comércio de fertilizantes gerado pela guerra afetam em especial os países mais pobres.

Na reunião com Erdogan, Lula garantiu que o Brasil dará destaque à inclusão social e ao combate à fome, à pobreza e à desigualdade enquanto estiver na presidência do G20.

Biocombustíveis

Ainda neste sábado (manhã no Brasil e final de tarde na Índia), um dos compromissos do presidente Lula na Cúpula do G20 é uma cerimônia de lançamento da Aliança Global de Biocombustíveis (GBA).

A previsão é de participação também dos líderes da África do Sul, Argentina, Emirados Árabes Unidos, EUA, Índia, Itália e Maurício, Bangladesh, Canadá e Singapura (observadores).
 



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