No período de 2023 a 2028,
As 23 plataformas de produção responderão pela geração de cerca de 21 mil novos postos de trabalho, sendo 6,9 mil
O especialista de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, Sávio Bueno, destacou nesta quarta-feira (26), em entrevista à Agência Brasil, que esse quantitativo de empregos não inclui o efeito multiplicador na economia, com movimentação em hotéis e no comércio, por exemplo. O gerente de Projetos de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, Thiago Valejo, completou que mais de 17 mil postos de trabalho deverão ser localizados no território fluminense.
Entre 2023 e 2025, 13 plataformas entrarão em operação, com 3,9 mil
Remuneração
Sávio Bueno destacou que a entrada em operação das novas plataformas movimentará o mercado de trabalho no país, oferecendo oportunidades de remuneração elevada, tanto para profissionais com formação superior, como técnica. De acordo com levantamento da Firjan, feito em junho deste ano com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (Caged), os salários médios iniciais no setor de extração de petróleo e gás alcançam R$ 13.685. “A maior parte das atividades exige nível tecnológico elevado”, comentou Thiago Valejo.
A Firjan identificou as principais formações profissionais demandadas pelas empresas que atuam na exploração de petróleo e gás. Para o nível superior, os destaques são engenharias mecânica, química e elétrica; administração; economia e contabilidade. Em nível técnico, a maior procura é para especialistas em mecânica, eletrônica, mecatrônica, automação e elétrica.
Produção
Savio Bueno informou que até o final da década, a produção nacional de petróleo deverá alcançar cerca de 4,8 milhões de barris diários, número bem superior aos 3 milhões de barris/dia atuais. A maior parte da produção deverá ficar no estado do Rio de Janeiro, que já detém 85% da produção nacional, “com potencial de alcançar, até 2025, mais de 90%”. Bueno diz acreditar que até 2028, a participação do Rio de Janeiro deverá cair um pouco, porque as novas UEPs de São Paulo, Espírito Santo e Sergipe entrarão em operação. Além disso, haverá declínio dos campos da Bacia de Campos. “Ainda assim, o Rio de Janeiro deverá responder por uma parcela maior que a atual na produção de petróleo e gás”.
Thiago Valejo comentou que esse é um processo natural que se observa com a entrada em funcionamento de novas plataformas em outras unidades da Federação. Mesmo assim, estimou que o volume de produção do Rio de Janeiro se manterá elevado, devendo atingir entre 87% e 88%, em 2030, “volume que é muito maior do que hoje”. O gerente da Firjan lembrou que o Rio de Janeiro “sempre foi líder na produção de petróleo”.