A dupla brasileira Isaquias Queiroz e Jacky Godmann terminou na oitava e última posição na final do C2 500 metros (canoa dupla) nos Jogos Olímpicos. O ouro foi para a dupla da China. A dupla brasileira cruzou a linha de chegada em 1min42s58, três segundos mais lentos do que os chineses Hao Liu e Bowen Li. Na sexta (9), Isaquias vai em busca do bicampeonato olímpico na prova do C1 1000m a partir das 6h30 (horário de Brasília).

Ambos baianos, Isaquias e Jacky começaram o dia participando da semifinal da prova. Eles avançaram com o terceiro melhor tempo da bateria, com 1min39s95. Na final, os brasileiros largaram bem na raia de número sete. No entanto, não conseguiram acompanhar o ritmo dos adversários, e se mantiveram em quinto lugar até o meio do percurso. Aí foram perdendo espaço até caírem para a última posição. Eles completaram a prova em 1min42seg58. Já os chineses Hao Liu e Bowen Li foram campeões com o tempo de 1min39s48.

A briga pela prata e pelo bronze foi intensa, e só decidida nos décimos. A canoa da Itália, com Gabriel Casadei e Carlo Tacchini, foi a vice-campeã com a marca de 1min41seg08. E a terceira posição foi da Espanha, com o tempo de 1min41seg18 obtido pela dupla Joan Antoni Moreno e Diego Dominguez.

“Foi um resultado horrível, em cima do que o Lauro [treinador] trabalhou, do que o Comitê Olímpico investiu na gente. Então ficar em último na final, por mais que seja uma final olímpica, não é um resultado excelente, em cima do que a gente vinha evoluindo, não. A gente estava trabalhando bastante no Brasil e em Portugal. Estava andando bem, andando rápido. Mas tudo muda, né? Remar a semifinal e depois a final olímpica é desgastante, mas isso foi para todo mundo”, analisou Isaquias,  campeão olímpico na prova C1 1000m, em depoimento à Confederação Brasileira de Canoagem (Comitê Olímpico do Brasil (CBCa).

Jacky também não escondeu a frustração com o desempenho na prova, que não existia em Tóquio. Em 2021, no Japão, a dupla baiana ficou em quarto lugar na prova C2 1000m. 

“Uma prova rápida. Uma prova que não pode ter erro, tem que ter o final. Eu acredito que a gente não teve o final pra brigar por medalhas. Muito frustrante sair sem medalha. A gente veio com esse objetivo. É ruim, estou chateado, com raiva por não poder levar a medalha para o Brasil, pra família. Estou triste. Agora é descansar, ver o que o treinador vai falar pra gente. E bola pra frente. Se Deus quiser a gente vai estar em Los Angeles”, analisou Jacky Godmann após a final em declaração à Confederação Brasileira de Canoagem.

Na sexta (9), Isaquias Queiroz  participa da bateria 1 da semifinal da categoria a partir das 6h30. Se avançar à decisão, volta à água às 8h40 para a disputa das medalhas.

“Tentar fazer uma boa semifinal amanhã. Independente do primeiro lugar, eu quero passar o mais descansado possível para a final. Porque se nos 500 metros já trava, imagina nos 1000 metros com pouco tempo para descansar. Então amanhã é fazer uma boa estratégia de prova pra poder descansar o máximo possível pra chegar na final bem”, projetou Isaquas. 

Valdenice avança à semifinal

Participando pela primeira vez dos Jogos Olímpicos, Valdenice Conceição avançou direto para a semifinal do C1 200 metros para mulheres. Ela participou terminou na segunda colocação na primeira bateria classificatória da prova, com o tempo de 48seg57. A canoa da Polônia, de Dorota Borowska, foi a vencedora da série com 47seg92.

Valdenice volta a competir no sábado (10), a partir das 6h50, em busca de uma vaga na grande final da categoria.





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