A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) promoveu nesta terça-feira (9) uma capacitação direcionada a profissionais de saúde para aprimorar a classificação de risco e o manejo de pacientes suspeitos de dengue. A atividade aconteceu em Ivaiporã, no Vale do Ivaí, e contou com cerca de 100 participantes entre médicos, enfermeiros e coordenadores das vigilâncias epidemiológicas.
“O Paraná tem intensificado esforços para apoiar os municípios no enfrentamento das arboviroses, desde a eliminação dos focos do mosquito até treinamentos para garantir melhores condições de identificação e tratamento da doença. O combate à dengue exige ações coletivas e essa capacitação é mais um passo nessa direção”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Com objetivo de fortalecer o conhecimento dos profissionais, a capacitação abordou as especificidades do diagnóstico da dengue, desde casos mais leves até situações onde há sinais de alarme, proporcionando uma identificação mais precisa da doença.
“Essa iniciativa reflete o compromisso em garantir um atendimento de qualidade, especialmente diante de ameaças sazonais como a dengue”, disse o secretário. “No entanto, é preciso reforçar a importância da conscientização popular, que segue como a ferramenta mais importante no controle do mosquito, sobretudo devido a importância da eliminação dos criadouros, que em sua maioria são encontrados em ambientes domiciliares”.
SINTOMAS – A dengue representa uma enfermidade febril aguda, de caráter sistêmico e dinâmico, variando desde casos assintomáticos até situações graves, incluindo fatalidades. Em pacientes sintomáticos, ela pode se manifestar por meio de três fases clínicas distintas: febril, crítica e de recuperação.
O primeiro sintoma evidente é a febre, geralmente ultrapassando os 38ºC, com início abrupto e duração de 02 a 07 dias. Essa condição pode estar associada a cefaléia, fadiga, mialgia, artralgia, dor retro-orbital ou exantema. Com a diminuição da febre (entre o 3º e 7º dia dos sintomas iniciais), a maioria dos pacientes experimenta uma recuperação gradual. Entretanto, alguns indivíduos podem progredir para a fase crítica da doença, caracterizada pelo surgimento de sinais de alerta.
BOLETIM – Desde o início do atual período sazonal da doença, em 30 de julho de 2023, o Estado registra uma morte, 5.955 casos confirmados, 6.819 em investigação e 37.367 notificações. Os dados estão no último boletim publicado em 2023. A primeira atualização do ano será divulgada nesta terça-feira.