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Casal, evolução e carro de som se destacam em último ensaio técnico da Mancha Verde


A Mancha Verde realizou na noite de sábado o seu terceiro e último treino. Nesta oportunidade, o ensaio foi levado mais a “sério”, visto que em discursos anteriores, o presidente Paulo Serdan soltou a galera para brincar. Vale destacar o desempenho do casal de mestre-sala e porta-bandeira, Marcelo Silva e Adriana Gomes, que mostraram outro nível de apresentação em relação aos dois treinos que a entidade alviverde realizou. É válido falar também do grande entrosamento entre bateria ‘Puro Balanço’, comandada por mestre Guma e o carro de som de Fredy Vianna. Os apagões realizados colocaram a comunidade para cima e deram um contraste a mais no ensaio da Mancha Verde. A evolução dentro das alas e a maneira como os componentes brincam é divertido. Não há preocupação com alinhamento. A Mancha Verde quer uma escola solta. O enredo da agremiação para 2023 é intitulado como “Oxente – Sou Xaxado, Sou Nordeste, Sou Brasil”.

“Esse foi bem. O outro eu realmente eu não tinha gostado de uma série de questões, inclusive em questão de alinhamento, porque não era assim que a gente estava ensaiando. A gente conversou na semana, fizemos ensaio de ala musical com a bateria na terça e quarta-feira para ajeitar o andamento. Hoje foi sensacional”, avaliou o presidente Paulo Serdan.

Comissão de frente

A ala representa puramente o enredo, que é a dança do xaxado. Dentro da encenação, nós vemos cangaceiros (incluindo Lampião e Maria Bonita) e outros personagens nordestinos inseridos dentro delas como Luiz Gonzaga, Maria Inês e Padim Ciço. É uma comissão de frente diferente, porque mistura o xaxado com uma parte humorística. O integrante que interpreta Luiz Gonzaga passa a avenida tocando sanfona e Maria Inês vai no triângulo, além de outros acontecimentos, como a reza de Padim Ciço. Vale ressaltar que a maioria dos componentes da ala estava dançando com uma espingarda, típica de cangaceiro.

Harmonia

É um samba diferente do que vimos no ano passado em relação à Mancha Verde, pois muito se compara. Nesta oportunidade, podemos notar algo mais cadenciado, até o próprio refrão não está dando aquela explosão de antes. Talvez isso dê a impressão de uma escola ‘fria’. Mesmo assim dá para notar que a agremiação alviverde está repetindo a dose e caprichando no canto. O que difere é a melodia. Os componentes cantaram alto e de forma sincronizada. A prova disso foram os apagões realizados pelo mestre Guma dentro do refrão principal.

Mestre-sala e Porta-bandeira

O casal Marcelo Silva e Adriana Gomes fez um ensaio muito mais leve nesta última noite. Anteriormente a dupla aparentemente optou por se pouparem, mas agora foi para valer. Realizaram de tudo. A coreografia dentro do samba, giros e o grande sorriso estampado de Adriana Gomes, que é uma das referências do carnaval paulistano. O ritmo do samba deu o tom, a dança fluiu e, em análise frente ao setor B até a torre 8, o casal teve uma grande performance.

Evolução

Foi um dos grandes pontos do ensaio, principalmente a evolução dentro das alas. A estratégia da escola é deixar os componentes livres para evoluir da melhor maneira possível, sem se preocupar tanto com alinhamento entre as fileiras. A ideia é de fato jogá-los soltos e leves no desfile. Isso tem dado muito certo, pois os desfilantes acataram a ideia e estão treinando dessa forma. Sorridentes e saltitantes. Os outros pontos foram feitos com bastante clareza, como o recuo de bateria preenchido com certa rapidez. Não houve demora para concluir a manobra.

Sobre os componentes evoluírem a vontade, o presidente disse que quer realmente desfilar daquela forma. “A ideia é desfilar dessa forma. É assim que a gente tem ensaiado na nossa quadra e assim ensaiamos no domingo, onde mostramos o vídeo da sexta-feira e do ensaio anterior. Hoje foi perfeito e saiu do jeito que planejamos. Foi muito bom”, comentou.

O carro de som comandado pelo intérprete Fredy Vianna, teve grande destaque por mostrar uma alta sincronia com a bateria ‘Puro Balanaço’ de mestre Guma. Os apagões foram realizados de forma correta e, dentro disso, o intérprete jogou a comunidade para cima, como é de sua característica.

“A ala musical hoje foi praticamente perfeita. Era o que nós queríamos executar na Avenida hoje. Nós temos um último ensaio aqui, mas é para a TV, esse aqui é o que vale de verdade. Acho que foi praticamente perfeito. Eu coloquei tudo que eu queria colocar na Avenida, as aberturas, os contracantos. As cordas que vieram divididas de uma forma fantástica. Tenho pessoas maravilhosas ao meu lado, só tenho a agradecer a Deus por isso. Acho que foi 100%”, disse o intérprete Fredy Vianna.

O cantor também avaliou o canto da Mancha Verde. “O canto veio muito forte. Tem um “Sync” muito legal entre a bateria, o carro de som e a comunidade. Isso é primordial para que você tire as notas que você precisa, principalmente em Harmonia e Evolução. Eu não tenho do que reclamar, pelo menos do que vi aqui. A bateria veio muito ‘sincadinha’ com o carro de som. A gente conversou a semana inteira, eu o presidente Paulo Serdan e o Mestre Guma, para a gente ‘sincar’, acertar os finais de frases do samba, e isso deu muito certo. Tanto que a bateria veio num ritmo só, veio entre 142 e 143 bpm e não caiu disso. Nós estamos satisfeitos com o ritmo, até porque isso ajuda toda a escola, e principalmente o nosso casal nota 10 que é a Adriana e o Marcelo”, completou.

Outros destaques

A bateria ‘Puro Balanço’, de mestre Guma, manteve um grande desempenho neste último ensaio. É uma batucada muito técnica, cadenciada e que sabe marcar muito bem o samba. Além disso, realizou apagões em alguns momentos dentro do refrão principal, como nos minutos 36 e 41 do treino. Um próximo do outro.

“Esse último ensaio, depois de tantas conversas, foi essa última semana, não vou dizer difícil, mas a cobrança foi muito grande. Queríamos acertar a questão do andamento que é era prioridade, e hoje conseguimos cumprir. Agora é esperar o grande dia, fazer um grande desfile e trazer o tricampeonato para nossa entidade, declarou mestre Guma.

O diretor de bateria também especificou os ajustes que foram feitos. “O principal foi o andamento, assim, era uma situação que por conta do samba, ser mais cadenciado, estávamos buscando descobrir um meio termo e como foi falei, no último ensaio achamos que ficou muito cadenciado, não era o ideal para escola, evolução, e durante a semana foi muito puxado, conversamos muito com a rapaziada. Para colocar o andamento um pouquinho mais para frente, não é tão fácil, são muitos ritmistas, mas acredito que conseguimos deixar confortável para o componente evoluir e desfilar”, finalizou.

Colaboraram Fábio Martins e Lucas Sampaio





Via R7.com

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