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Casamento Armado | Crítica: Diga sim para mais uma hilária comédia romântica com J.Lo


Já virou tradição para a atriz, e cantora, Jennifer Lopez embarcar nessas comédias românticas. E depois de uma tentativa de alçar novos voos com Hustlers – As Golpistas (2019), Lopez retornou para aquilo que nos cinemas faz de melhor. E com Casamento Armado (Shotgun Wedding, 2023) não poderia ser diferente, mesmo que o longa saia no Prime Video.

O longa é um grande DIGA SIM!nem mais um acerto na carreira de atriz da cantora. Não é que Lopez não vai ter sucesso em outras empreitadas, ela tem outros filmes para lançar em 2023, mas aqui Casamento Armado te abraça como um delicioso bem casado após você beber algumas numa festa de casamento.

E no seu segundo filme sobre uma noiva e casamentos, Lopez dá o tom mais uma vez e Casamento Armado é totalmente diferente de Case Comigo (2022). É maior, é mais divertido, é mais comédia escrachada e menos família.

Jennifer Lopez e Josh Duhamel em cena de Casamento Armado.
Foto: Credit by Ana Carballosa/Lionsgate/Amazon

Com um arzinho dos anos 2000, e com cenas de ação de fazer inveja para qualquer blockbuster, Casamento Armado acabar ser divertido, sem medo de soar cafona, acolhedor e um filme não foge das fórmulas de comédias românticas, mas que sabe jogar com essas regras muito bem. Casamento Armado faz um festão para filmes do gênero, e começa 2023 como um estouro, iguais os fogos de artifício que o noivo Tom (Josh Duhamel) preparou de surpresa para Darcy (Lopez) na ilha paradisíaca que eles voam, com seus amigos e família, para enfim se casarem. 

O mais interessante aqui é que o roteiro de Mark Hammer (não muito conhecido por outros projetos, além apenas do longa Apenas Duas Noites de 2014)  mesmo que faça o espectador se sentir estar em comédia romântica dos anos 2000, logo no seu começo já mostra para que veio e nos mostra que estamos em uma história bem mais moderna na medida que os papéis são trocados, e é a noiva que está pensativa sobre se quer realmente se casar e o noivo que assume o papel da Bridezilla.

É interessante, é eficaz para a trama, e faz com que Casamento Armado tenha um charme próprio, na medida que Lopez e Duhamel vendem esse casal em crise no dia do casamento como ninguém e estão absolutamente hilários. Me lembra muito a dupla Sandra Bullock e Ryan Reynolds em A Proposta (2009) e eles fazem tudo que Sandra Bullock (olha ela aíde novo, a rainha das rom-coms né gente?) e Channing Tatum não fizeram no pavoroso Cidade Perdida (2022) no ano passado. 

Casamento Armado, e o diretor Jason Moore (da comédia Irmãs (2015) e da franquia A Escolha Perfeita), abraçam o caos e a piração na medida em que um grupo de piratas invade o casamento e coloca todo mundo refém, onde o filme vai por ganhar mais camadas do que apenas reunir um grupo em uma ilha para um casamento. Da família dos noivos, com os pais divorciados de Dercy, o ricaço Roberto (Cheech Marin) e sua nova esposa, e bem mais jovem que ele, Harriet (D’Arcy Carden, extremamente bem aqui), e ainda a exuberante mãe da noiva, Renata (Sonia Braga, ótima) e sua irmã Jamie (Callie Hernandez) com um arco narrativo bobinho mas que diverte, e ainda a família do noivo, a bocuda Carol (Jennifer Coolidge, capitalizando o sucesso recente, e claro, ótima) e o abobalhado Larry (Steve Coulter), até amigos, funcionários do hotel e outros convidados são colocados todos reunidos na piscina do hotel.

Assim, Darcy e Tom precisam colocar suas diferenças de lado, na medida que escapam dos bandidos, ah lá Sr. e Sra. Smith (2005), e correm pela ilha para tentar escapar de serem mortos pelos piratas e também salvarem seus familiares e entes queridos. O evento serve para o casal de pombinhos colocarem a relação a prova na medida que eles embarcam em uma grande DR, enquanto fogem de tirolesa, de barco, e pé, dos bandidos e precisam no meio de tiroteios e socos trocados, resolver se vão ficar juntos, se sobreviveram à esse evento.

Jennifer Lopez, D’Arcy Carden e Cheech Marin em cena de Casamento Armado.
Foto: Credit by Ana Carballosa/Lionsgate/Amazon

Ao reunir esse time de comediantes, Casamento Armado faz uma comédia que sabe o que é, em sua essência, e não tem medo de ser feliz ao entregar para o espectador tudo aquilo que promete. E Moore tira o melhor desse time. O elenco inteiro está afiado e tem momentos que fazem o espectador rir e se divertir mesmo com pequenas falas ou com apenas expressões corporais.

Como falamos, Lopez e Duhamel estão ótimos juntos, e Coolidge segue no meu melhor com um timing cômico non-sense e divertido e Carden garante também um bom divertimento com uma personagem totalmente fora do que a atriz já tinha feito. 

O cantor Lenny Kravitz aparece aqui com o ex-noivo de Darcy e realmente entrega divertidas passagens mesmo com poucas falas e a presença constante de óculos escuros. Já Sonia Braga realmente dá um toque brasileiro para essa comédia que reúne confusões em família em um evento festivo que com certeza é a energia caótica dos eventos familiares brasileiros.

Na medida que Darcy e Tom precisam lutar para se salvarem, e salvarem seus familiares, Casamento Armado arma diversas pirotecnias, seja com explosões, ou até mesmo com algumas reviravoltas na trama, e que garantem que o texto, extremamente afiado, tenha um gás, e que dê a chance para esses personagens aproveitaram as diversas passagens maravilhosas que essa comédia entrega.

No final, o que temos em Casamento Armado, é um filme que sabe muito bem o que quer fazer e entregar e usa esse grupo de comediantes para fazer funcionar. Dentro de sua proposta, entrega o que promete: uma garantia de risadas num filme que diverte. 


























Avaliação: 3 de 5.

Onde assistir Casamento Armado?

Casamento Armado chega no Prime Video em 27 de janeiro.



Via R7.com

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