Home Editorias Agricultura Ceasa Maringá recebe universitários interessados no Banco de Alimentos-Comida Boa

Ceasa Maringá recebe universitários interessados no Banco de Alimentos-Comida Boa


O programa Banco de Alimentos – Comida Boa é o tema abordado por profissionais da Ceasa Maringá aos alunos de graduação e pós-graduação da Unicesumar, que participam de visitas à unidade. Além de percorrerem as instalações do mercado atacadista para conhecerem os sistemas de comercialização de hortigranjeiros, os grupos de estudantes também recebem informações sobre o programa social, que é desenvolvido pelo Governo do Estado, por meio das unidades da Ceasa Paraná.

As visitas são conduzidas pela nutricionista Isabella Caroline Santos. “Explicamos o funcionamento do comércio no atacado, o papel indispensável dos produtores e permissionários da Ceasa na doação dos alimentos, a seleção e processamento dos alimentos arrecadados e a distribuição às entidades cadastradas que atendem famílias em vulnerabilidade social de Maringá e região”, explica Isabelle.

Estão cadastradas no programa 37 entidades assistenciais que, juntas atendem aproximadamente 4.300 famílias. Em média, por mês, os produtores e permissionários atacadistas da Ceasa Maringá doam ao Banco de Alimentos cerca de 90 toneladas de hortigranjeiros sem padrão de comercialização, porém ainda em boas condições de consumo. Depois de selecionados e separados, 70% desse volume, aproximadamente 65 toneladas, são encaminhados para as entidades.

As cinco unidades da Ceasa Paraná (Curitiba, Foz do Iguaçu, Cascavel, Maringá e Londrina) distribuíram, em 2022, 5,85 mil toneladas de hortigranjeiros para entidades assistenciais em todo o Estado, cerca de 487 toneladas por mês, totalizando 331 entidades e 130 mil pessoas impactadas mensalmente. O programa recebe, por ano, um aporte de R$ 2,5 milhões do Governo do Estado.

São atendidas entidade sociais, como Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), hospitais públicos, casas de recuperação, projetos de contraturno escolar, abrigos, associações de moradores e famílias em situação de vulnerabilidade social.

ACADÊMICOS – Nesta primeira semana de outubro foram recebidas a turma do 4º semestre do curso de Nutrição, com 35 alunos, e a professora Crislayne Teodoro Vasques. Em setembro foram 15 estudantes da turma do 6° semestre do curso de Nutrição, também acompanhados da professora Crislayne, e 25 alunos do curso de Gastronomia, com a supervisão da professora Alexandra Perdigão.

Outras três alunas da disciplina de Segurança Alimentar do Programa de Pós-Graduação em nível de Mestrado em Ciência, Tecnologia e Segurança Alimentar da Unicesumar, e a professora Ariana Ferrari, também conheceram as atividades do Banco de Alimentos da unidade.

RESSOCIALIZAÇÃO – Nas visitas conduzidas pela nutricionista Isabella Caroline Santos à Ceasa Maringá foi também explicado aos alunos o convênio com o Departamento de Polícia Penal – Depen, por meio do qual o Banco de Alimentos atua como um canteiro de trabalho para ressocialização de pessoas privadas de liberdade. No projeto elas têm oportunidade de reinserção na sociedade. “Nesse no projeto recebem oportunidade de emprego, renda e capacitação técnica para futuramente acessarem o mercado de trabalho”, diz Paulo César Venturin, gerente regional das Ceasas de Maringá e de Londrina.

Adicionalmente, as visitas destinam-se a fazer com que os acadêmicos conheçam a atuação do profissional nutricionista neste ambiente, contribuindo com uma formação aplicada à prática e vivência da profissão.

Após essas orientações, os visitantes ganham saladas de frutas e doces feitos na cozinha do Banco de Alimentos – Comida Boa. Há planos para, futuramente, implantar projetos curriculares dos alunos no Banco de Alimentos, como a entrega de livros de receitas com partes não convencionais como talos, cascas e sementes, para as famílias beneficiadas pelo programa; palestras e treinamentos sobre boas práticas de manipulação e melhores técnicas de conservação dos alimentos. Também está nos planos minicursos de panificação, fabricação caseira de panetones, bombons, ovos de páscoa, conservas e compotas.

“Buscamos estreitar laços entre o corpo universitário e projetos sociais pois acreditamos que a parceria é benéfica para todas as partes: para a Ceasa, que divulga o projeto, para os alunos, que vivenciam a profissão na prática, e para a universidade que fortalece a relação entre ensino, pesquisa e extensão”, diz a nutricionista Isabella.



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