Home Editorias Agricultura Clima favorece colheita do feijão no Paraná, aponta boletim agropecuário do Deral

Clima favorece colheita do feijão no Paraná, aponta boletim agropecuário do Deral


Os trabalhos de colheita do feijão da primeira safra de 2022/23 estão sendo beneficiados pelas condições climáticas dos últimos dias. As informações são do Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 3 a 9 de fevereiro, elaborado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.

Nesse cenário, segundo o Deral, os produtores estão conseguindo um produto de excelente qualidade, diferente de outras safras, quando o excesso de chuvas gerou perdas significativas na quantidade e na qualidade do grão. O último levantamento realizado pelos técnicos indica que cerca de 77% das lavouras já foram colhidas e o restante da colheita deverá se estender até o mês de março.

Na primeira safra predomina a produção do feijão preto e, no segundo plantio, lidera a produção do tipo cores. Os técnicos destacam que a primeira safra de feijão está cada vez mais reduzida, atingindo no máximo um terço da área cultivada na segunda safra. Neste período predomina no Paraná o plantio de soja, que absorve a maior parte das áreas agrícolas do Estado.

Quanto aos preços, na última semana o produtor recebeu, em média, R$ 275,00 pela saca de 60 kg de feijão do tipo preto, redução de 1% comparativamente à semana anterior, e R$ 360,00 pela saca de 60 kg do tipo cores, 4% a menos. Segundo os cerealistas e corretores, durante os meses de janeiro e fevereiro a comercialização de feijão é bastante lenta, e se intensifica depois do Carnaval.

 

GRÃOS – No trigo, a relação entre os preços do cereal no mercado disponível e farinhas vendidas no atacado mostra alívio temporário para a indústria. Em janeiro deste ano, observou-se que o grão de trigo representava 60% do custo da farinha especial, deixando uma margem maior para os moinhos ante o mesmo mês do ano anterior, quando equivalia a 79%.

A colheita do milho segunda safra 2022/23 atingiu 4% da área estimada de 386 mil hectares, enquanto a colheita da soja chegou a 2% da área total de 5,7 milhões de hectares. Segundo o Deral, a colheita está atrasada quando comparada à safra anterior. Neste mesmo período, em 2022, 19% da área de milho e 15% da área de soja estava colhida.

HORTICULTURA – Os técnicos analisam ainda a comercialização de produtos da horticultura pelas Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasa). Tomate, batata, maçã, banana e mamão lideraram a movimentação financeira em 2022. Esses produtos são responsáveis por mais de um terço dos negócios do setor, representando 38,9% dos R$ 4,8 bilhões negociados; e 33,1% das 1,3 milhão de toneladas de produtos que passaram pelas unidades atacadistas públicas.

BOVINOCULTURA DE LEITE – De acordo com os técnicos do Deral, o preço recebido pelo produtor para cada litro de leite posto na indústria se manteve estável na comparação entre as médias de janeiro e dezembro, variando entre R$ 2,58 e R$ 2,59. Com chuvas mais regulares e melhor desenvolvimento das pastagens no verão, as variações tendem a ser menores que as observadas no inverno e nos períodos de entressafra.

Ainda assim, o preço do leite longa vida no varejo apresentou alta de 5% em comparação com o mês anterior, possivelmente motivado, segundo o Departamento, por uma recomposição nas margens de lucro da indústria e dos estabelecimentos varejistas.

AVICULTURA – O boletim também analisa as exportações brasileiras de carne de frango, que atingiram recordes em 2022. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) foram comercializadas 4,822 milhões de toneladas ao longo do ano de 2022. O volume recorde supera em 4,6% o total exportado em 2021. China e  Emirados Árabes são os principais destinos. No que diz respeito aos ovos, as exportações totalizaram 9,474 mil toneladas, volume 16,5% menor que em 2021.



Via Fonte

Sair da versão mobile