A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) orienta sobre as medidas de prevenção, sintomas e o diagnóstico oportuno da hepatite A. O alerta surgiu com a alta expressiva de casos confirmados da doença em Curitiba. Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde (Sinan), são 122 diagnósticos confirmados neste ano na Capital – em todo o ano de 2023 foram 23.

Ainda de acordo com o Sinan, o Paraná registrou, neste ano, 144 casos confirmados de hepatite A, sendo 135 na 2ª Regional de Saúde Metropolitana, que inclui a Capital. A Secretaria Municipal de Saúde informa que pode haver divergência no número de casos, pois os mesmos ainda estão sendo notificados no Sistema.

As outras confirmações da hepatite A estão localizadas na 3ª RS de Ponta Grossa (2), 4ª RS de Irati (2), 5ª RS de Guarapuava (2), 14ª RS de Paranavaí (1) e 17ª RS de Londrina (2). Com relação aos óbitos, dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM) apontam que, neste ano, três pessoas morreram em razão da doença, todas em Curitiba.

“Importante ressaltar que não temos um surto da doença no Estado, esse aumento no número de casos está concentrado na Capital. Reforço que a vacina aliada a boas práticas de higiene são importantes para conter a disseminação do vírus”, disse o secretário de Saúde, Beto Preto.

VÍRUS – Trata-se de uma doença infecciosa, viral e imunoprevenível, causada pelo vírus da hepatite A. A transmissão pode ocorrer por meio do consumo de água e alimentos contaminados por fezes; condições precárias de saneamento básico e falta de higiene pessoal. Em crianças a infecção costuma ser leve ou assintomática. Já em adultos, os casos podem ser mais graves.

SINTOMAS – Os sintomas iniciam de forma inespecífica, com náuseas, vômitos e diarreia. Em casos raros pode causar também constipação, febre baixa, cefaleia, mal-estar, fraqueza e fadiga. Passada a fase inicial, pode surgir a icterícia (coloração amarelada da pele), urina escura e fezes esbranquiçadas. Há pacientes em que persistem a fraqueza e a cansaço por vários meses.

PREVENÇÃO – A principal medida de prevenção contra a hepatie A é a vacina. De acordo com o Programa Nacional de Imunização (PNI), a meta de cobertura vacinal para hepatite A é de 95%. Atualmente, o Estado registra a imunização de 81,95% da população preconizada. O imunizante está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS), por meio do PNI, para crianças a partir dos 15 meses até 4 anos 11 meses e 29 dias de idade.

Além disso, é aplicada nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), para os seguintes grupos: hepatopatia crônica de qualquer etiologia, inclusive portadores do vírus da hepatite B e C; pessoas com HIV/Aids; imunodepressão terapêutica ou por doenças imunodepressoras; coagulopatias, doenças de depósito, fibrose cística, trissomias, hemoglobinopatias; candidatos à transplante de órgão sólido, cadastrados em programas de transplantes; doadores de órgão sólido ou de células-tronco hematopoiéticas (TCTH), cadastrados em programas de transplantes; transplantados de órgão sólido (TOS); transplantes de células-tronco hematopoiéticas (TCTH), asplenia anatômica ou funcional de doenças relacionadas.

Além da vacinação, outras medidas de prevenção são importantes para conter a disseminação do vírus:

– Orientar sobre o cuidado em relação à água de consumo, à manipulação de alimentos e às condições de higiene e de saneamento junto à comunidade e aos familiares

– Higienização das mãos com água e sabão e álcool gel a 70% antes e depois de preparar alimentos, após usar o banheiro, trocar fraldas, manusear lixo e roupa suja

– Lavar bem frutas e vegetais crus antes de consumir

– Cozinhar alimentos de origem animal antes do consumo

– Beber água tratada, fervida ou filtrada

– Manter a higienização antes e depois da relação sexual

– Uso de preservativo



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