A segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná foi lançada nesta quarta-feira (18) em cerimônia no Mercado Municipal de Curitiba, com a presença do vice-governador Darci Piana. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. O regulamento pode ser acessado AQUI. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

No lançamento, o comitê gestor do prêmio, formado pelo Sistema Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Sebrae-PR, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar – Emater (IDR-Paraná), Sindileite-PR e Sistema Fecomércio-PR, com apoio de 37 entidades, apresentou o regulamento e as etapas do concurso. O prêmio terá 21 categorias, de acordo com o leite utilizado (vaca, cabra ou búfala) e as características do queijo. Para participar, os produtores ou as agroindústrias precisam estar regularizados, com certificado de inspeção municipal, estadual ou federal.

“Quando se une a iniciativa privada e o governo, não tem como errar. O exemplo está aí: essa pujança, esse investimento e essa liderança que a gente tem no Paraná”, disse o vice-governador Darci Piana no evento. “Precisamos, evidentemente, dar continuidade ao trabalho que foi feito na primeira edição, para que seja possível chegar, cada vez mais, aos demais estados e até a outros países”, destacou.

Para o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza, o prêmio reconhece a qualidade do agro do Estado e a força das parcerias. “Neste momento estamos dando um salto, fruto de muito trabalho. O Paraná não é o principal estado do agro de graça, é pela capacidade que demonstrou de fazer isso em união com as entidades do setor”, disse.

Ele reforçou que o Paraná é o segundo maior produtor de leite do país, com 4,5 bilhões de litros em 2023. O leite é quarto produto em importância no Valor Bruto da Produção Agropecuária do Paraná (VBP). Todos os 399 municípios do Paraná produzem leite, atingindo uma média de 13 milhões de litros por dia – dos quais 6 milhões são destinados à fabricação de queijos.

O diretor-presidente do IDR-Paraná, Richard Golba, destacou a importância para o órgão estar entre os parceiros do concurso. “Eu arrisco dizer que o trabalho com leite e com queijos está no DNA da extensão rural. Nós da extensão sempre lutamos para que o leite se transformasse em um alimento nobre da nossa agricultura familiar”, disse.

“As pessoas que tiveram queijos premiados na primeira edição puderam colocar o selo em seu produto que, com isso, foi reconhecido pelo mercado como queijo de melhor qualidade. Conseguiram, assim, gerar maior valor agregado. Isso significou mais renda para nossos produtores. Também demonstramos ao Brasil e ao mercado internacional que temos queijos de excelente qualidade. É isso que buscamos: uma cadeia inteira qualificada, da matéria-prima até o produto final”, disse o presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette.

INVESTIMENTOS – Apesar das dificuldades enfrentadas pelos produtores de leite em anos recentes, em especial devido aos preços do produto, o setor está se desenvolvendo, na avaliação do secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara. “Numa visão histórica, estamos evoluindo, refinando os processos, fazendo investimentos. São movimentos que vão nos permitir superar dificuldades”, disse ele. Ortigara citou investimentos recentes de indústrias lácteas no Paraná, como do grupo Unium, nos Campos Gerais, com a construção de um novo laticínio; uma fábrica de muçarela em São Jorge D’Oeste; uma fábrica de manteiga em Francisco Beltrão, entre outros.

MÉTODO – Os detalhes sobre o Prêmio foram apresentados pelo idealizador do concurso, Ronei Volpi. Os produtos inscritos serão avaliados por um júri especializado e de acordo com critérios técnicos. A avaliação será feita por categorias, com três jurados por mesa. Os queijos que obtiverem notas entre 18 e 20 conquistarão a medalha de ouro. Os produtos que forem avaliados com notas entre 16 e 18, levarão a medalha de prata. Os que fizeram de 14 a 16 pontos ficarão com o bronze.

Os medalhistas de ouro se qualificam para a segunda etapa, em que os jurados vão eleger dez queijos que serão consagrados com a medalha super ouro. Em seguida, os produtos super ouro passarão por uma nova etapa de avaliação, em que dez jurados vão escolher o “Melhor Queijo do Paraná 2025”. Além da medalha, os dez super ouro vão ganhar uma viagem técnica, em local ainda a ser definido.

“A cadeira láctea é a mais completa, sensível e pulverizada do agronegócio”, destacou Volpi.

MUÇARELA – Além das 21 categorias, o Prêmio Queijos do Paraná traz como novidade desta edição o Concurso Excelência em Muçarela – Edição Pizza. Realizada pela primeira vez, a disputa contará com duas etapas: uma avaliação técnica, em que o júri avaliará as características técnico-funcionais do queijo, como derretimento, elasticidade, gordura livre e fatiabilidade; e uma avaliação sensorial, em que os jurados levarão em conta a utilização da muçarela em uma pizza.

Ao término, o Concurso Excelência em Muçarela vai selecionar as cinco melhores. Os vencedores ganharão uma viagem técnica. A expectativa é de que 80 queijeiros e/ou indústrias se inscrevam nessa modalidade. 

LIVRO – No evento, também foi lançado o livro da primeira edição do Prêmio Queijos do Paraná. A publicação traz um perfil dos 88 produtores medalhistas, com as características básicas dos queijos premiados e os contatos dos ganhadores. O material serve como um guia de produtores e de derivados lácteos do Estado.

PRIMEIRA EDIÇÃO – Lançada em 2023, a primeira edição do Prêmio Queijos do Paraná impulsionou o setor lácteo do Estado. A iniciativa registrou a inscrição de 450 produtos, dos quais 291 queijos foram efetivamente habilitados a concorrer. Ao todo, 88 queijos foram premiados: 28 com medalha de bronze, 30 com a de prata e 30 com a de ouro. Além disso, entre os 30 medalhistas de ouro, dez conquistaram também a medalha super ouro. O prêmio também formou 60 jurados, que passaram por um curso técnico que os habilitou a fazer o julgamento dos produtos.

Além do comitê gestor, a primeira edição reuniu 28 entidades apoiadoras, entre universidades, instituições públicas e associações ligadas à cadeia produtiva, que desenvolveram dezenas de ações voltadas ao setor lácteo, com a qualificação de produtores de leite, de queijeiros artesanais de queijo e de indústrias lácteas. Também houve eventos promocionais, oficinas, minicursos e conferências online, direcionados ao público consumidor e a empórios e lojas especializadas em queijos.

PRESENÇAS – Também participaram do lançamento a secretária interina da Indústria, Comércio e Serviços, Christiane Yared; o diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir Cesar Martins; o diretor de Extensão Rural do IDR-Paraná, Diniz Dias Doliveira; a chefe do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal e Vegetal da Adapar, Mariza Koloda; entre outras autoridades e representantes de entidades do setor.



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