A secretaria estadual da Saúde (Sesa) iniciou nesta quarta-feira (26) um encontro para debater a segurança do paciente para hospitais que possuam Unidades de Terapia Intensiva. A reunião técnica teve a participação da Anvisa e foi conduzida pela Vigilância Sanitária do Paraná.
O evento, que acontece em Curitiba e segue até esta quinta-feira (27), reúne mais de 350 profissionais, principalmente os que atuam no controle de infecção hospitalar, dos Núcleos de Segurança do Paciente, além de técnicos de vigilância sanitária do Estado e dos municípios. O objetivo é atualizá-los em relação a práticas mais seguras dentro dos serviços de saúde, promovendo debates e compartilhando experiências para o cuidado do paciente, enquanto eles estiverem sob atendimento dentro das unidades.
A representante da Anvisa em vigilância e monitoramento em serviços de saúde, Magda Machado Costa, iniciou a reunião com o panorama nacional e do Paraná em relação à situação dos hospitais, incluindo a importância dos protocolos e das práticas seguras para com o paciente. “A Anvisa, desde 1999, tem colocado em suas normas federais uma série de ações voltadas para o risco na segurança do paciente. Criamos protocolos e normas de como executar estratégias para se evitar eventos adversos no sistema de saúde. Temos acompanhado isso junto aos estados e municípios para que essas normas sejam efetivas”, disse ela.
O Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), criado em 2013, tornou obrigatória uma série de ações e normas para regular as atividades de serviços de saúde, devido sua relevância pública. O programa tem por objetivo geral contribuir para a qualificação do cuidado em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional.
“Desde o início a vigilância sanitária do Paraná está bastante comprometida nesse processo e tem mobilizado os profissionais do serviço de saúde. A cada ano tem aumentado a adesão dos hospitais para a avaliação das práticas de segurança”, disse Magda Machado Costa, da Anvisa.
Para o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, o compartilhamento do conhecimento entre os profissionais e práticas seguras nos hospitais são fundamentais para um melhor funcionamento de toda a rede. “É uma área de muita importância e cuidado, que se reflete diretamente na população que necessita dos serviços hospitalares. Estamos em constante avanço e podemos melhorar muito ainda, mantendo o compromisso com o cidadão”, enfatizou.
PROGRAMAÇÃO – Dentre os assuntos debatidos nos dois dias do encontro estão a Prevenção de Infecção Primária de Corrente Sanguínea (IPCS) associada ao uso de cateter central, metas internacionais de segurança do paciente; precauções e isolamento; implementação da avaliação de risco de lesão por pressão, quedas e lista de verificação da segurança cirúrgica.
Os palestrantes fazem parte da equipe de avaliadores da vigilância e de hospitais pertencentes ao Governo do Estado, hospitais filantrópicos e particulares. “É muito importante esse tipo de evento para as equipes dos hospitais e para a população”, disse Rangel da Silva, presidente da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Paraná (Fehospar) e do Conselho Estadual de Saúde, reforçou a importância do debate sobre o assunto.
PRESENÇAS – Além dos mais de 350 profissionais da área, o evento contou também com a participação do diretor de Unidades Próprias da Sesa, Guilherme Graziani; o presidente da Fundação de Estudos das Doenças do Fígado e da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa); Charles London e da chefe da Divisão de Vigilância Sanitária em Serviços de Saúde da Sesa, Patrícia Capelo.