Produtores de mandioca de diversas regiões do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia e Paraguai participaram do Primeiro Encontro Regional de Mandiocultores de Rondon. Na oportunidade também foi realizado o Segundo Dia de Campo da Fazenda Rosimara. O evento deve fazer parte do calendário de atividades do setor da mandiocultura na região Sul do País.

O dia de campo realizado teve uma parte teórica com palestras técnicas sobre o manejo integrado de praga e doenças, a microbiologia do solo, fatores biofísicos que impactam a produtividade, seguros agrícolas e prorrogação de débitos rurais, além do manejo da cultura da mandioca. Os visitantes também tiveram a oportunidade de acompanhar práticas de mecanização voltadas para a mandiocultura, como o uso de implementos no plantio direto de mandioca, aplicações via sulco de plantio e pulverizações com a utilização de drones.

O Dia de Campo foi realizado na Fazenda Rosimara, sendo idealizada pelo mandiocultor Nelson de Paula. A atividade contou com o apoio do IDR-Paraná, prefeitura de Rondon e Sindicato Rural do município. Para José Aridiano, do IDR-Paraná, essa é uma oportunidade para que os técnicos possam difundir tecnologias e inovações no segmento da mandiocultura. “É uma troca de experiência entre produtores de diferentes estados e regiões”, afirma.

Segundo Aleandro de Souza, secretário municipal de Agricultura, o encontro colabora para a capacitação e valorização da cultura não apenas em Rondon, mas em toda região Noroeste. “O município de Rondon é destaque na região por sua diversificação da produção agrícola e pecuária”, pondera. Ele ressaltou que a mandioca está entre os principais produtos agrícolas do município e abastece diversas fecularias e farinheiras, colaborando para a geração de emprego e renda na região.

A mandioca está entre as dez principais culturas agrícolas do Brasil, sendo a sétima cultura em valor bruto de produção (VBP), gerando R$ 12,7 bilhões. Em 2021 a produção foi de 18 milhões de toneladas, em uma área superior a 1,2 milhões de hectares, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Estima-se que o setor gere 1 milhão de empregos diretos em todo o País.

O Paraná atualmente é o segundo maior produtor nacional de mandioca, ficando atrás apenas do estado do Pará. A produção de mandioca pode ser direcionada tanto para a indústria (fecularias e farinheiras) como para a mesa, que representam, respectivamente, 76% e 24% do VBP com a cultura no Paraná (Seab/Deral).

A região Noroeste é o principal polo de produção de mandioca no Estado e onde encontram-se os municípios com a maior produção voltada para a indústria. Já o segmento da produção de mandioca de mesa é dominado pelas pequenas propriedades e podem ser encontradas em outras regiões, próximas de grandes centros urbanos.



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