Home Entreterimento Comissão de frente da União de Jacarepaguá é destaque no ensaio técnico

Comissão de frente da União de Jacarepaguá é destaque no ensaio técnico


Coube à União de Jacarepaguá abrir a noite de ensaios técnicos na Marquês de Sapucaí, neste sábado 28. A recém-chegada à Série Ouro apresentou uma comissão de frente bem sincronizada e o casal de mestre-sala e porta-bandeira Rogério Jr. e Natália Monteiro vieram com um bailado livre muito belo. Infelizmente, a escola pecou no canto da comunidade e na evolução. * VEJA AQUI FOTOS DO ENSAIO

A verde-e-branca desfilará o enredo “Manoel Congo, Mariana Crioula – Heróis da liberdade no Vale do Café”. A agremiação fará a abertura do Carnaval no sábado com a história desses dois líderes de uma rebelião de escravizados no Vale do Café.

Comissão de frente

Márcio Vieira e Fabrício Ligeiro comprovaram a sua competência com a coreografia da comissão de frente. Em um pouco menos de dois minutos, os integrantes apresentaram passos muito sincronizados com saltos, movimentos amplos de braço e gestos de terreiro. Os bailarinos estavam vestidos como escravizados no cafezal e aparentavam entrar em combate, representando a revolta. Algumas ações remetiam ao uso de algum adereço de mão ou elemento cenográfico, o que dá uma curiosidade sobre o que irá de fato acontecer na abertura do sábado de Carnaval.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

O impacto visual é a primeira qualidade do casal composto por Rogério Jr. e Natália Monteiro. Eles usavam trajes com uma estamparia africana muito bonita e colorida com tons terrosos predominantes e detalhes azuis. Quando se fala de dança, o casal apresentou um bailado mais clássico e livre em quase toda performance e, ao final, para sair dos jurados, eles faziam movimentos de dança africana. É evidente a conexão que Rogério e Natália têm entre si.

“Foi maravilhoso. Tudo que estávamos ensaiando deu certo, graças a Deus. Esse ensaio foi só uma prova que o nosso trabalho e as nossas ‘noites perdidas’, na verdade, não são perdidas. As horas de sono deixadas para trás estão valendo a pena, e valerão ainda mais quando alcançarmos a nota máxima. Sempre podemos melhorar, sabe? O dia que estivermos 100% satisfeitos com o que fazemos, já podemos até parar. Temos que buscar o melhor e sentir vontade de aprender mais”, afirmou o mestre-sala.

“Aqui deixamos marcado o que a União de Jacarepaguá é e o que as nossas raizes representam. Viemos com força, garra e mostramos o motivo de estarmos aqui. Esses oito anos não foram tristes porque conseguimos efetuar o nosso trabalho, mas voltar pra Sapucaí e encontrar toda essa gente animada e os holofotes é gratificante. Deixo registrado que vamos mostrar ainda mais do nosso poder de povo preto e sambista”, completou a porta-bandeira.

Harmonia

O carro de som comandado por Silas Leleu e Zé Paulo Miranda deu um tom acelerado no início do ensaio, mas com o tempo se estabilizou em um ritmo agradável. O que deixou a desejar foi o canto da comunidade. Diversos segmentos não cantaram o samba-enredo em sua integralidade, embora haja intensidade na passagem pelo 1º refrão.

“Foi um ensaio muito positivo. Era o ensaio que toda a escola esperava. Foi muito positivo para a bateria, carro de som e harmonia. Como é uma escola do acesso, a gente sabe que o apoio não é lá essas coisas. A parte musical eu acredito que está pronta. Foi mais a questão do andamento do samba, mas foi muito legal e que resolvemos tudo hoje. A escola brincou na avenida. A bateria não corre, as bossas são bem explicadas. Nesse andamento, acredito que os jurados irão entender melhor o samba. Para o canto, esse andamento também é maravilhoso. O meu entrosamento com o mestre Marquinhos tem que ser 100%. Ano passado, no Especial, tiveram escolas que perderam ponto na bateria justamente porque o carro de som atrapalhou”, disse o cantor Zé Paulo Miranda.

“Acredito que o ensaio na Sapucaí é muito importante para sentir o clima e a emoção do local. Essa escola tem um ‘chão’ bem forte e que chegou junto. Claro que ainda temos que consertar algumas coisas, mas eu estou muito satisfeito. O arranjo eu acho bem bonito. Vocês podem esperar: a União de Jacarepaguá vem com um belíssimo carnaval e vai surpreender muita gente. A bateria e o canto da escola têm que estar bem sincronizados. Caso contrário, não funciona. O sincronismo está cada vez melhor”, completou Leléu.

Evolução

Evolução é outro quesito que terá pontos a serem melhorados para o desfile principal. Um fator que chama atenção é a falta de alinhamento das alas apesar do esforço da equipe de harmonia em tentar manter a escola em formação. A União de Jacarepaguá ocupou a Avenida com rapidez, o que obrigou a agremiação a reduzir a velocidade e parar um tempo mais longo, pelo menos uma vez, para evitar passar abaixo do tempo mínimo. Um destaque positivo deve ser feito à desenvoltura da ala da baianas, elas estavam muito confortáveis em rodar. Vale ressaltar que a escola não apresentou buracos e veio animada.

Samba-Enredo

Apesar da composição de Beto Aquino e cia ser bonita, a escola não conseguiu fazer com comunidade a decorasse de ponta-a-ponta. O refrão “Firma o ponto, eu quero ver, vai ter batuquejê” foi uma das partes que ficaram na cabeça dos desfilantes. A dupla de intérpretes teve facilidade em executar o samba, sem cacos impertinentes, e contaram com o apoio importante da bateria do Mestre Marcus Vinícius.

Outros destaques

A bateria foi, sem dúvida, um destaque positivo desse ensaio técnico da União de Jacarepaguá. Uma evolução muito coerente e integrada com a equipe do carro de som, animando a comunidade. Além da ótima condução, a verde-e-branca surpreende a Sapucaí ao trazer um dos poucos reis de bateria. John Avelino reina ao lado da madrinha Amanda Mattos com muita destreza.

Colaboraram Augusto Werneck, Luisa Alves, Raphael Lacerda e Rhyan de Meira





Via R7.com

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