O combate à pirataria, em especial o acesso a TVs Box irregulares, foi o tema de uma competição da Anatel realizada neste fim de semana com programadores. Essas TVs são dispositivos conectados à internet que permitem o acesso a aplicativos streaming, navegadores e redes sociais.
Cento e quarenta pessoas, entre profissionais e estudantes, analisaram o funcionamento e a programação de aparelhos de TVs Box não certificados.
Divididos em cinco equipes, os participantes tiveram o sábado e o domingo para buscar soluções de bloqueio de servidores. Cada um teve acesso a dois aparelhos.
O grupo que apresentou a melhor solução recebeu R$ 7 mil, o segundo colocado levou R$ 3 mil e o terceiro R$ 2 mil.
Os recursos apresentados pelas equipes usaram ferramentas como inteligência artificial, machine learning e redirecionamento de IP, com resultados considerados satisfatórios pelos organizadores.
O superintendente de Outorga e Recursos à Prestação da Anatel, Vinicius Caram, destaca os prejuízos trazidos pela pirataria à população brasileira.
“A gente sabe que a pirataria do audiovisual retira do potencial econômico do país R$ 12 bilhões, que podem ser reinvestidos para novos empregos, novos estúdios, formação de audiovisual profissional, fomentar o jornalismo profissional, que é tão relevante”.
O superintendente também ressalta os perigos aos quais os cidadãos são expostos.
“Colocam em risco não só vulnerabilidades para pessoas terem acesso a essas caixas e dispositivos roubarem seus dados pessoais, seus logins, suas senhas, que você tem para acessar naturalmente a rede social, acessar aplicativos de streaming, e isso coloca em risco o cidadão que não tem esse conhecimento”.
O uso de TVs Box é permitido, desde que sejam observados os parâmetros técnicos definidos pela Anatel. Os produtos legalizados têm a marca da agência e o número do certificado de homologação correspondente ao modelo do produto. É possível conhecer a lista dos aparelhos autorizados pelo portal da agência.
*Com informações da Agência Brasil.
