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Crítica | Alguém Que Eu Costumava Conhecer – RomCom da Prime Video Lembra Famosa Canção-Chiclete, sem o Mesmo Grude


Você lembra dessa música. Ela estourou nas rádios do mundo todo em 2011, cantada pelo pálido Gotye com participação da neozelandesa Kimbra. No clipe, os dois apareciam quase translúcidos em um fundo branco, ela de frente para ele, ele de frente para a câmera, de olhos fechados, e um cantava para o outro “No, you didn’t have to stoop so low / Have your friends collect your records and then change your number / I guess that I don’t need that though / Now you’re just somebody that I used to know”. Esta música grudou nas nossas cabeças durante um par de anos, e, toda vez que alguém resgata o refrão, ela fica mais um tempo rondando nossa cabeça. De fato, o título é maravilhoso, porque qualquer pessoa pode se relacionar com seu significado: ‘Somebody That I Used To Know‘, ou ‘Alguém Que Eu Costumava Conhecer’. Com o mesmo título e levemente inspirado no tema da canção, estreia esse final de semana a romcom homônima, na Prime Video.

Ally (Alison Brie) é uma comunicadora de sucesso em Los Angeles, à frente de um dos maiores reality shows de culinária da atualidade. Apesar disso, o programa é cancelado após a última temporada. Sem rumo, Ally vai visitar sua mãe numa pequena cidade do interior, onde crescera. De volta ao local, ela reencontra Sean (Jay Ellis), o grande amor de sua vida e a quem deixara para poder seguir seus sonhos em LA. Porém, o reencontro é forte e reacende uma chama adormecida em seu peito. Decidida a levar essa história até o fim, Ally passará seu tempo na cidade tentando descobrir o que sente por Sean e o que o rapaz sente por ela, mesmo que, no meio do caminho, ela descubra que o homem está com casamento marcado para aquele final de semana com a musicista Cassidy (Kiersey Clemons).

Casado com a estrela do seu filme, Dave Franco retorna aos holofotes – após o aplaudido ‘O Artista do Desastre’ – com um projeto bom, mas salpicado de esquisitices. Fica bem evidente, desde o início, que não só Ally é a protagonista da história, mas também é o sol do enredo: todos os personagens circulam ao seu redor para que ela brilhe. Isso é legal pois Alison Brie encarna sua personagem muito bem, e, com seu belo sorriso e olhos brilhantes, consegue encantar em todas as suas cenas. Mas isso também faz com que todos os outros personagens fiquem bem abaixo dela, criando um abismo com o tal ex-namorado que ela quer reconquistar. Soma-se a isso a atual noiva de Sean, que, perto de Ally, fica completamente apagada e sem sal, tornando ainda mais difícil torcer por ela quando claramente é ela quem está sobrando nessa constelação.

Dave Franco e Alison Brie escrevem um roteiro sem riscos, e, para quem conhece a música, poderá reparar em pequenas inspirações, como quando Sean muda de número de telefone. Mas o roteiro também insere cenas completamente aleatórias, como o banho de vômito com cocô logo no início, que em nada acrescenta no enredo, e nos deixa perguntando qual teria sido o propósito de tamanha aleatoriedade na trama.

Seguindo os passos de ‘O Casamento do Meu Melhor Amigo’ (que, aliás, é até mencionado no filme), ‘Alguém Que Eu Costumava Conhecer’ é uma comédia romântica que não foca nem na comédia nem no romance, mas sim na reflexão, no amadurecimento e na responsabilidade emocional.

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Via R7.com

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