Influenciado pelo cenário interno e pelo desempenho da economia norte-americana, o mercado financeiro teve um dia misto. O dólar subiu, e a bolsa de valores inverteu a queda perto do fim da sessão e subiu pela primeira vez após três quedas seguidas.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (6) vendido a R$ 5,174, com alta de R$ 0,026 (+0,51%). A cotação operou em alta durante toda a sessão e chegou a R$ 5,21 na máxima do dia, por volta das 14h40. Nas horas finais de negociação, desacelerou, mas manteve a alta.

A moeda norte-americana está no maior nível desde 23 de janeiro, quando estava a R$ 5,20. Apesar da alta de hoje, a divisa acumula queda de 2,01% em 2023.

No mercado de ações, o dia também foi marcado pela volatilidade. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 108.722 pontos, com alta de 0,18%. O indicador operou em baixa durante quase todo o dia, mas reverteu a trajetória perto do fim da sessão.

Impulsionadas pela alta do petróleo no mercado internacional, as ações de petroleiras puxaram a bolsa para cima, principalmente as da Petrobras, os papéis mais negociados. As ações ordinárias (com voto em assembleia de acionistas) da estatal subiram 3,63%. Os papéis preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) valorizaram-se 3,99%.

Tanto fatores externos como domésticos influenciaram o mercado. No Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar os juros altos do Banco Central durante a posse do novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A declaração foi mal recebida pelos investidores.

No mercado internacional, o dólar subiu perante as principais moedas do planeta por causa da conjuntura econômica nos Estados Unidos. A divulgação de que a economia norte-americana criou 517 mil empregos fora do setor agrícola em janeiro foi mal recebida pelos investidores internacionais.

O bom desempenho do mercado de trabalho aumenta a possibilidade de o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) elevar os juros básicos em 0,5 ponto percentual na próxima reunião após ter subido a taxa em 0,25 ponto na última quarta-feira (1º). Taxas mais altas em economias avançadas pressionam para cima o dólar, principalmente em economias emergentes, como o Brasil.

*Com informações da Reuters



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