No último domingo (2), a atleta paranaense Bárbara Domingues ganhou medalha de bronze na Copa do Mundo de Ginástica Rítmica. Foi a primeira vez que uma atleta brasileira chegou a uma final de Word Cup, ficando entre as 8 melhores do mundo. Com a trilha de “Bad Romance”, de Lady Gaga, Bárbara brilhou em Sofia, na Bulgária.

Bárbara foi por 10 vezes bolsista do Geração Olímpica, programa da Secretaria estadual de Esportes. Criado pelo Governo do Estado em 2011, o Geração Olímpica e Paralímpica é o maior programa em nível estadual de incentivo ao esporte na modalidade bolsa-atleta e conta com o patrocínio exclusivo da Companhia Paranaense de Energia, a Copel.

Ela treina em um ginásio da Secretaria de Estado do Esporte, localizado no bairro Capão da Imbuia, em Curitiba. São três espaços do governo estadual: um ginásio para ginástica rítmica, um para ginástica artística e outro poliesportivo.

“Nossa Babi sempre demonstrou habilidade e dedicação em sua trajetória como ginasta, trabalhando incansavelmente para aprimorar suas habilidades e atingir seus objetivos. É uma grande inspiração para jovens atletas em todo o país”, afirma o secretário estadual de Esporte, Helio Wirbiski.

Denise Golfieri, responsável pelo programa, que ajuda a identificar e desenvolver jovens talentos no esporte,  não esconde sua emoção ao falar da atleta. “Ao participar de dez edições deste programa, Bárbara demonstrou seu incrível talento, habilidade e compromisso com o esporte”.

Bárbara iniciou sua trajetória no esporte aos 6 anos de idade. Desde então, dedicou-se intensamente aos treinos e competições, destacando-se em diversas modalidades, como o solo, salto e trave. Com suas performances impressionantes, conquistou diversos títulos importantes, como o campeonato Sul-Americano de Ginástica Artística, em 2018, e o campeonato Brasileiro de Ginástica Artística, em 2019. Além disso, a atleta também representou o Brasil em competições internacionais como o Mundial de Ginástica Artística em 2019, demonstrando sua habilidade e dedicação ao esporte. Fez história no Campeonato Mundial de ginástica rítmica em Kitakytushu (2021), no Japão, pois se tornou a primeira atleta brasileira a chegar à final individual.

Conquistou seis medalhas (4 ouros, 1 prata e 1 bronze) no Campeonato Sul-Americano de Ginástica Rítmica, em Paipa, na Colômbia (2022). E por último, mas não menos importante, conquistou o terceiro lugar na série fita, fazendo história ao ser a primeira ginasta do Brasil a medalhas em Copas do Mundo de Ginástica Rítmica. A técnica  Márcia Naves está com Bárbara há muitos anos. “Meu primeiro contato com a Babi foi quando ela tinha apenas seis anos. Na época ela fazia ginástica artística, fui ver uma aula no intuito de aprender mais, e a vi na área de treinamento e já me apaixonei, não sei dizer o porque. A técnica dela sempre me falava que ela adorava música e dançar, então no ano seguinte ela veio para a ginástica rítmica,” conta.

Márcia ainda fala sobre a difícil tarefa da mulher como treinadora de alto rendimento, que muitas vezes passa mais de um mês longe de casa, então sempre tenta conciliar e administrar a vida profissional com a família e a casa. “É surreal o que a mulher é capaz de fazer, antes eu brincava que numa próxima encarnação eu queria vir homem, mas hoje não,quero ser mulher, porque sei que somos muito poderosas, temos aquela coisa do cuidado e da proteção que é só nosso”, afirma.



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