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Em evento em Cascavel, Governo do Estado orienta sobre prevenção contra influenza aviária


Uma equipe do Sistema Estadual de Agricultura (Seagri) participou na quinta-feira (09), em Cascavel, no Oeste, do encontro “Estratégias para o enfrentamento da influenza aviária”, com lideranças da região. O evento, sediado na Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (AMOP), resumiu iniciativas do Estado já adotadas para prevenção da doença e orientou produtores, técnicos e entidades sobre as ações em conjunto necessárias.

O gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, apresentou o Plano de Contingência do Estado do Paraná, considerando o impacto potencial da doença para a avicultura nacional, a segurança alimentar e a saúde pública, além das perdas diretas e indiretas para a cadeia produtiva. Empresas e cooperativas também expuseram seus planos de ação. 

O Paraná está em estado de alerta contra a gripe aviária desde outubro de 2022, quando países da América Latina começaram a ter registros da doença. Desde então, o Seagri tem reforçado o trabalho de prevenção. A Adapar faz a vigilância ativa nas propriedades rurais do Paraná, seja em estabelecimentos comerciais de produção, reprodução ou postura. Além disso, todas notificações recebidas de suspeitas são atendidas prioritariamente.

O órgão de defesa agropecuária também tem promovido a capacitação e o treinamento de profissionais em todas as unidades regionais do Estado, e conta com médicos veterinários com dedicação exclusiva e capacidade técnica elevada na área para atendimento das questões sanitárias da cadeia avícola. 

Em fevereiro deste ano, a Agência suspendeu, por meio da Portaria n.º 052, a presença de quaisquer espécies de ave em eventos agropecuários, feiras, exposições, agremiações e atividades afins no Estado do Paraná por 90 dias, como medida preventiva à gripe aviária. O Estado também tem atuado por meio do Grupo Especial de Atenção às Suspeitas de Enfermidades Emergências (Gease).

O diretor-presidente da Adapar, Otamir Martins, destacou que o Paraná e o Brasil nunca tiveram registros de gripe aviária, mas que a atenção de todos é necessária para que se mantenha esse status. “Técnicos da Agência têm promovido eventos pelo Estado para orientação dos produtores, particularmente em relação aos cuidados com a manutenção das telas e portas dos aviários, para não deixar frestas, e não permitir a entrada de pessoas estranhas à produção.  A notificação de suspeita pode ser realizada por qualquer cidadão, presencialmente ou por telefone em qualquer unidade local da Adapar, ou, diretamente, por meio da plataforma e-Sisbravet.

Também estiveram presentes no encontro em Cascavel os chefes dos núcleos regionais da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) em Cascavel, Manoel Chaves, e em Toledo, Paulo Salesse.

DOENÇA – A influenza aviária é uma doença viral altamente contagiosa que afeta aves domésticas e silvestres, muitas vezes resultando em graves consequências para a saúde animal, para a economia e para o meio ambiente. A influenza aviária de alta patogenicidade é considerada exótica no Brasil, ou seja, nunca foi detectada no território nacional.

Essa doença complexa é causada por vírus divididos em múltiplos subtipos (H5N1, H5N3, H5N8, etc.), cujas características genéticas evoluem com grande rapidez. A influenza aviária de alta patogenicidade é caracterizada principalmente pela mortalidade elevada de aves, que pode ser acompanhada por sinais clínicos, tais como andar cambaleante, torcicolo, dificuldade respiratória e diarreia.

O vírus possui transmissão horizontal de ave para ave, diretamente a partir de secreções do sistema respiratório e digestivo, e indiretamente por equipamentos, roupas, calçados, insetos, aves e animais silvestres, alimentos e água contaminados. 

Os principais fatores que contribuem para a introdução e transmissão da influenza aviária são: a exposição de aves comerciais, domésticas ou de subsistência a aves silvestres migratórias, infectadas com o vírus da influenza aviária; o intenso fluxo de pessoas e mercadorias ao redor do mundo, que aumenta o risco de disseminação de doenças; e vendas de aves vivas em mercados ou feiras, por facilitar o contato próximo entre diferentes espécies de aves e outros animais, incluindo o homem.



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