O Governo do Estado realizou nesta quinta-feira (27) uma capacitação para aprofundar conhecimentos relacionados ao carrapato-estrela, espécie transmissora da febre maculosa.

O evento, que reuniu técnicos do Ministério da Saúde, além de médicos da Fiocruz/RJ e profissionais das 22 Regionais de Saúde do Paraná, buscou ampliar a capacidade de identificação do hospedeiro, facilitando o diagnóstico e, consequentemente, o cuidado apropriado.

“As capacitações são fundamentais para criar uma rede de conhecimento permanente em saúde no Estado. Com esses treinamentos, temos não somente maior capacidade de atendimento como, também, mais profissionais qualificados para atender demandas de maneira eficiente”, considerou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

A transmissão da febre maculosa em seres humanos acontece por meio da picada do carrapato infectado, que adere à pele por um período de quatro a seis horas. Normalmente, o carrapato-estrela é encontrado em regiões de mata, fixando-se em animais até o contato humano.

De acordo com a Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores da Sesa, neste ano houve 36 casos notificados em todo o Estado, com uma confirmação.

FEBRE – Depois de instalada, a doença apresenta como sinal característico manchas avermelhadas na pele. Os sintomas são febre alta, dor no corpo, dor de cabeça, náuseas e vômito. O diagnóstico é feito por exame de sangue.

A demora para identificar a doença pode provocar complicações graves, como hemorragia e comprometimento de múltiplos órgãos. Outras consequências são sequelas neurológicas, necroses e amputações, ou até a evolução para óbito.

A partir da suspeita da febre maculosa, o caso deve ser notificado às autoridades sanitárias e iniciado o tratamento com medicamentos disponíveis nos serviços de saúde.

RECOMENDAÇÕES – De acordo com a chefe da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores da Sesa, Emanuelle Gemim Pouzato, o cuidado com animais, além da manutenção de locais que podem abrigar o hospedeiro são fundamentais para o combate à doença.

“Manter terrenos baldios livres de mato reduz os locais de abrigo do carrapato. Além disso, também é preciso tratar os animais que possam ter contato com matas e retornar para os domicílios na zona urbana”, afirmou.



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