Autoridades dos Emirados Árabes Unidos prenderam três pessoas suspeitas de assassinar um rabino israelense-moldávio no país do Golfo, informou o Ministério do Interior dos Emirados neste domingo (24).
Uma declaração do ministério não deu mais detalhes sobre os suspeitos, mas disse que o ministério usaria “todos os poderes legais para responder de forma decisiva e sem clemência a quaisquer ações ou tentativas que ameacem a estabilidade social”.
O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu denunciou neste domingo o assassinato do rabino Zvi Kogan como um “ato terrorista antissemita hediondo”, acrescentando que Israel faria tudo o que pudesse para levar os responsáveis à justiça.
Kogan, que trabalhou nos Emirados Árabes Unidos para o grupo judeu ortodoxo Chabad, que busca dar suporte à vida judaica para milhares de visitantes e residentes judeus no estado árabe do Golfo, desapareceu em Dubai na quinta-feira. Seu corpo foi encontrado neste domingo.
Kogan entrou nos Emirados Árabes Unidos com seu passaporte moldavo e era residente lá, disse o comunicado dos Emirados Árabes Unidos, publicado pela agência de notícias estatal.
O corpo de Kogan foi encontrado na cidade de Al Ain, nos Emirados, que faz fronteira com Omã, embora não esteja claro se ele foi morto lá ou em outro lugar, disse o ex-político druso israelense Ayoob Kara em uma entrevista em inglês à Reuters em Dubai.
Kara disse que estava esperando que os Emirados Árabes Unidos concluíssem a investigação, mas já culpou o Irã pelo assassinato.
“O único inimigo (que Israel tem) hoje é o terror e o Irã, que apoia o terror. A indicação que temos agora é que essa é a direção da investigação”, disse Kara, membro do partido de direita Likud, que trabalha para promover as relações econômicas entre Israel e o mundo árabe.
O Ministério das Relações Exteriores do Irã não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da Reuters.
Kara disse que o corpo de Kogan seria enviado a Israel para sepultamento depois que os Emirados Árabes Unidos terminassem a investigação.
As autoridades israelenses reiteraram sua recomendação contra todas as viagens não essenciais aos Emirados Árabes Unidos e disseram que os visitantes que estão lá devem minimizar a movimentação, permanecer em áreas seguras e evitar visitar lugares associados a Israel e às populações judaicas.
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