Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz enfrentarão o júri popular pelo assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes nesta quarta-feira (30), no 4° Tribunal do Júri do Rio de Janeiro.

Os dois acusados são ex-sargentos da Polícia Militar do Rio de Janeiro, tendo sido expulsos em 2023 (Ronnie Lessa) e em 2015 (Élcio de Queiroz).

O primeiro é acusado de ser o autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson, enquanto o segundo é apontado como o motorista que conduziu o veículo usado para o crime.

Veja a seguir a cronologia dos acontecimentos e a participação de ambos no crime.

O dia do crime

Investigadores concluíram o inquérito afirmando que a ação que culminou no assassinato da vereadora foi iniciada no dia 14 de março, ao meio-dia, quando Ronnie Lessa convidou Élcio para sua casa, no condomínio Vivendas da Barra.

No local, Élcio observou a movimentação de Ronnie com uma bolsa preta. Ambos entraram no carro Chevrolet Cobalt prata e seguiram caminho para o bairro da Lapa, onde a vereadora participava de um evento com o nome “Mulheres negras movendo estruturas”.

Ao chegar no local do evento, Ronnie Lessa passou para o banco de trás e preparou a submetralhadora HK MP5.

Ronnie e Élcio aguardaram a saída da vereadora, que estava acompanhada do motorista Anderson Gomes. Ambos os carros se deslocaram saindo da região.

Os dois acusados seguiram o carro da vereadora até um determinado ponto do bairro, emparelhando os veículos, quando Ronnie Lessa efetuou 13 disparos contra o carro de Marielle.

Por volta das 21h, Marielle foi alvejada com quatro tiros na cabeça e Anderson, por três. Os dois morreram no local. Uma terceira pessoa, Fernanda Chaves, assessora de Marielle, não foi atingida, mas se feriu com os estilhaços.

Após cometerem o crime, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz fugiram pelo acesso à Avenida Brasil, rumo ao Méier, usando a Linha Amarela como rota de conexão.

No bairro da zona norte, encontraram-se com o irmão de Ronnie, Denis, e entregaram equipamentos e a arma do crime.

Logo depois, o irmão de Ronnie chamou um táxi para os criminosos, que se deslocaram para a casa de Ronnie Lessa, onde religaram seus celulares e se deslocaram para um bar na Barra da Tijuca.



Via CNN