A Secretaria de Estado da Saúde apresentou, nesta quinta-feira (2), durante o 7º encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), no Rio de Janeiro, um balanço sobre o Opera Paraná, maior programa de cirurgias eletivas da história do Estado. Ele foi implementado quando o nível de vacinação alcançou quase toda a população, permitindo a retomada da normalidade nos hospitais.
De acordo com o balanço da pasta, foram realizadas 13 mil cirurgias desde sua efetivação, promovendo uma diminuição na fila de espera e otimizando a qualidade no serviços de saúde. Para a primeira fase, o Opera Paraná recebeu um aporte de R$ 150 milhões em recursos, formalizado pela Resolução Sesa nº1.127. Estima-se, ainda, um incremento de outras 60 mil cirurgias até a conclusão desta etapa, que é viabilizado com credenciamento de hospitais.
“Este é um programa muito importante, sobretudo quando consideramos o impacto que o processo de cirurgias eletivas sofreu com a escalada da pandemia. Essa retomada de procedimentos permite desafogar a fila de espera e assegurar um melhor atendimento a todos os paranaenses que somam esta demanda”, disse o secretário César Neves.
Nesta fase inicial, estão inclusas cirurgias do sistema osteomuscular; aparelho digestivo; aparelho de visão; aparelho geniturinário; vascular e de vias áreas superiores.
Outro destaque pontuado pelo secretário envolve a estratégia do Comboio da Saúde, que expandiu o acesso a procedimentos cirúrgicos eletivos de oftalmologia, com a realização de cirurgia de catarata e pterígio. Para estas especialidades, o Governo do Estado destinou recursos de R$ 10,3 milhões, garantindo a realização de 7,4 mil cirurgias e atendimento de 9,3 mil pacientes. As demais especialidades de oftalmologia já estão previstas dentro do escopo de operação do Opera Paraná.
“São cirurgias de rápida execução, o que permite um maior número de procedimentos em uma quantidade reduzida de tempo. O comboio tem se provado uma estratégia acertada para auxiliar e garantir atenção a uma das mais importantes necessidades de pacientes em fila de espera: a visão”, destacou.
SEGUNDA FASE – Uma segunda etapa do programa já está prevista pelo Governo do Estado. Com expectativas de início para abril de 2023, a 2ª fase do Opera Paraná também deve receber um aporte de R$ 150 milhões, totalizando um investimento geral de R$ 300 milhões destinados a procedimentos cirúrgicos eletivos.
“Temos uma sinalização positiva para seguir trabalhando pela expansão destas cirurgias, um dos principais gargalos deixados pela pandemia. Com a orientação e sensibilidade do governador Ratinho Junior, estamos nos aproximando de uma realidade cirúrgica que tínhamos antes da Covid-19. Nosso objetivo, agora, é dar andamento e elevar estes números cada vez mais”, concluiu.
DADOS DOS ÚLTIMOS ANOS – Desde 2019, o Paraná realizou 1,57 milhão de procedimentos cirúrgicos eletivos. Apenas no último ano, 425 mil cirurgias deste tipo foram consolidadas, o que mostra uma tendência de crescimento se comparado a anos anteriores, como em 2021, que teve 331 mil procedimentos e 2020, com 297 mil cirurgias.
DEBATES – No encontro, os secretários também discutiram a campanha de vacinação contra a Covid-19, retomada no começo do ano com as vacinas bivalentes, e o desenvolvimento de imunizantes pelo Butantan. Outros assuntos envolveram a redução do financiamento tripartite e mecanismos de ressarcimento federal aos estados na área da saúde.