Uma série de ações do Governo do Paraná promove a sustentabilidade na geração de energia para o meio rural. As iniciativas foram apresentadas na abertura do 2º Congresso Brasileiro de Geração Compartilhada, na Expoingá, em Maringá, nesta terça-feira (09). O evento foi promovido pela Sinergi Cooperativa com apoio do IDR-Paraná.
O secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, destacou que a energia passou a ser um insumo cada vez mais relevante nos processos produtivos, a tal ponto que compõe grande parte do custo de produção. “E agora buscamos fontes mais sustentáveis. Temos oportunidades grandiosas de sermos produtivos do ponto de vista econômico e ambiental, demonstrando que fazemos as coisas do jeito certo”, disse.
Políticas do Governo do Paraná na área energética, como o programa Paraná Trifásico, são exemplos dessas oportunidades. Pelo programa, desenvolvido pela Copel, são instaladas novas redes elétricas trifaseadas, que substituem as antigas redes rurais monofásicas. O programa moderniza a infraestrutura elétrica no campo, garante acesso mais barato à eletricidade e adiciona inteligência e automação ao fornecimento de energia à área rural.
“São 25 mil quilômetros que a Copel está fazendo e pedimos para estudarem a implantação de mais 10 mil”, disse Ortigara.
O Paraná também se organiza para liderar a produção nacional de hidrogênio renovável, obtido a partir de fontes renováveis e com baixa emissão de carbono. No começo deste mês o governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou uma série de medidas para criar uma política integrada de fomento à produção, pesquisa e uso do insumo no Estado.
Por meio do RenovaPR, outro programa, o governo estimula a geração de energia renovável no campo, permitindo que o produtor paranaense invista em energias renováveis com juro reduzido,. “Temos visto grandes investimentos de empresas em energia, e precisamos continuar investindo forte em duas fontes importantes que são o sol e biomassa”, reforçou Ortigara.
Segundo ele, o poder público pode continuar bancando os juros para financiamentos nesse sentido. “O agro é nosso carro-chefe e precisamos torná-lo cada vez mais competitivo, para isso precisamos de energia. Estamos abertos para colaborar”, afirmou o secretário.
ENERGIA – O presidente da Sinergi, João Garcia Filho, explicou que o evento teve o objetivo de reunir cooperativas de geração compartilhada, mostrando casos e iniciativas diferenciadas, voltados para o lado social. “Assim, podemos beneficiar empresas e pessoas”, disse.
Para a presidente da Sociedade Rural de Maringá (SRM), Maria Iraclezia de Araújo, as políticas públicas são fundamentais para o setor. “Hoje temos a oportunidade de conversar sobre isso com representantes do governo para ajudar na condução de políticas com uma equipe comprometida com o desenvolvimento do Paraná e que acompanha as mudanças do mundo”, destacou.
“Isso é desenhar um futuro melhor para o nosso agro e para a sociedade. Além de uma oportunidade, é necessário pensar no nosso desenvolvimento”, ponderou o diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater (IDR-Paraná), Natalino Avance de Souza.
O extensionista do IDR-Paraná Antonio Ricardo Milgioransa também foi um dos palestrantes, abordando a importância das energias renováveis no agro paranaense. “Na avicultura o peso de custo representado pela energia está entre 12% e 25%, na piscicultura entre 10% e 20%, e na suinocultura varia de 6% a 18%”, complementou.
O diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir Martins, explicou como a sanidade e a energia se relacionam no campo. “Em casos de mortalidade de animais em propriedades, por exemplo, é possível destinar para composteiras ou para biodigestores. Isso precisa ser feito de acordo com as normativas, de forma segura. E a Adapar pode orientar os produtores”.