Um homem foi enforcado até ficar desacordado por agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo na Cracolândia, região central da cidade, nessa segunda-feira (8). No flagrante feito pela TV Brasil, é possível observar que o homem foi detido e, em seguida, tentou resistir à prisão.

Nesse momento, ele é imobilizado por quatro guardas. Primeiro, um dos agentes tenta fazer um enforcamento por trás, só que o golpe não tem sucesso e os dois caem no chão sobre uma pilha de lixo. Já no chão, o guarda aperta o pescoço do homem com a mão.

Em seguida, outro agente torce o braço do homem, enquanto outros seguram suas pernas e fazem pressão sobre sua cabeça e sobre seu corpo. Ele é mantido assim até desmaiar. Em seguida, é levado em uma viatura da GCM.

Ações periódicas

A prisão aconteceu durante as ações de limpeza das ruas ocupadas por pessoas em situação de rua e que usam drogas na região central paulistana. Desde maio do ano passado, a concentração – conhecida como Cracolândia -, que se situava em pontos específicos, foi dispersada da Praça Princesa Isabel e passou a vagar em grupos menores pelas ruas dos bairros da Santa Ifigênia, República e Campos Elíseos.

Nesses novos pontos, que agora variam conforme o dia, são feitas ações periódicas de limpeza das ruas. Nesse momento, os guardas municipais também promovem a abordagem e revista das pessoas que estão no local. São formadas longas filas para que as pessoas sejam submetidas a uma revista. Alguns objetos, considerados proibidos pela prefeitura, são confiscados.

O inspetor de divisão da Guarda Civil Metropolitana, Marco Antonio Gomes, falou à reportagem da TV Brasil sobre o homem que foi preso desacordado. “O indivíduo lançou uma garrafa de vidro na guarnição. Chegou a cortar um policial. Ele foi identificado, ele estava portando uma arma branca”, justificou a respeito da abordagem.

Sobre a necessidade de o homem ser imobilizado por quatro agentes até desmaiar, o inspetor afirmou que, devido ao efeito de drogas, o rapaz demonstrou “uma força descomunal. Uma só pessoa não conseguiria algemá-lo, nem duas”, alegou.

A identidade da vítima não foi revelada. Nem o seu estado de saúde. A reportagem da Agência Brasil entrou em contato com a prefeitura de São Paulo e aguarda resposta.



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