A Fundação Araucária está com as inscrições abertas, até o dia 14 de outubro, para a etapa estadual do Prêmio Confap de Ciência, Tecnologia & Inovação – Professor Ennio Candotti. Há três categorias: pesquisador destaque, pesquisador inovador e profissional de comunicação. No total, serão R$ 114 mil na premiação nacional. A inscrição pode ser feita AQUI.

Em sua 4ª edição, o prêmio promovido pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa tem patrocínio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI) e apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

“É uma importante iniciativa de valorização da ciência brasileira. Temos um dos mais conceituados e consistentes Sistemas de Ciência, Tecnologia e Inovação no Paraná e contamos com a participação das instituições para continuarmos presentes nas edições com excelentes indicações”, destaca o presidente da Fundação Araucária Ramiro Wahrhaftig.

Nesta etapa estadual as instituições de ciência e tecnologia fazem suas indicações e a Fundação Araucária seleciona para a etapa nacional, quando ocorre a premiação. 

O Prêmio Confap de Ciência, Tecnologia & Inovação reconhece a atuação de pesquisadores que se destacaram em pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação, cujos resultados tenham contribuído para a produção de conhecimento e beneficiado direta ou indiretamente o desenvolvimento e o bem-estar da população brasileira. A premiação também reconhece a atuação de profissionais de comunicação que, por meio do jornalismo científico, tenham contribuído para aproximar a ciência, a tecnologia e a inovação da sociedade. 

Nas três edições anteriores (2021, 2022 e 2023), o Confap premiou 45 pesquisadores com atuação em diferentes áreas do conhecimento e nove profissionais de comunicação com atuação no jornalismo científico.

Na última edição, indicado pela Fundação Araucária, o professor Gerson Nakazato, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), conquistou o primeiro lugar na categoria Pesquisador Inovador. “Essa premiação foi muito relevante no reconhecimento da ciência perante a sociedade, além do reconhecimento do nosso trabalho de pesquisas acadêmicas. Após a premiação muitas portas se abriram, incluindo novas parcerias institucionais e com o setor produtivo, abrindo portas para o mercado”, afirmou o pesquisador.

CATEGORIAS DO PRÊMIO – Nesta quarta edição, o prêmio contará com três categorias: a Pesquisador Destaque, com as subcategorias Ciências da Vida (Ciências Biológicas, Ciências Agrárias e Ciências da Saúde); Ciências Exatas (Ciências Exatas e da Terra, Engenharias e Tecnologia) e Ciências Humanas (Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas, Artes, Letras e Linguística); a categoria Pesquisador Inovador, com as subcategorias: Inovação para o Setor Empresarial e Inovação para o Setor Público; e a categoria Profissional de Comunicação.

Cada instituição de ciência e tecnologia poderá indicar um candidato a Pesquisador Destaque em cada uma das subcategorias. Cada instituição de ciência e tecnologia também poderá indicar um candidato a Pesquisador Inovador em cada uma das subcategorias.

Na categoria Profissional de Comunicação poderão concorrer profissionais com atuação no Paraná e que possuam comprovação de sua atividade laboral por meio de carteira de trabalho, contrato de trabalho ou declaração de prestação de serviços. O profissional de comunicação indicado para esta categoria deverá indicar o meio de veiculação do material jornalístico que submeterá ao Prêmio: Mídia impressa; Internet; Telejornalismo; Rádio. A categoria Profissional de Comunicação não possui subcategorias.

Todas condições de elegibilidade estão descritas no edital.

ETAPAS ESTADUAL E NACIONAL – O Confap congrega 27 Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa sediadas nos 26 estados e no Distrito Federal. Com o objetivo de buscar equilíbrio entre as unidades federativas, a premiação é dividida em duas etapas: Estadual e Nacional. 

A etapa Estadual será conduzida pelas Fundações de Amparo à Pesquisa que, no Paraná, é Fundação Araucária. Ela será responsável por selecionar e indicar os primeiros colocados em cada categoria/subcategoria. Os selecionados nas Etapas Estaduais avançarão para a Etapa Nacional da premiação.

Na etapa Nacional, os candidatos indicados pelas FAPs serão avaliados por uma Comissão de Avaliação externa, constituída por membros selecionados pela Coordenação de Execução e Difusão de Prêmios Nacionais e Internacionais em CT&I do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

PREMIAÇÃO – Os agraciados da Etapa Nacional receberão certificados de premiação, troféus e premiação financeira. Os classificados em cada categoria/subcategoria no primeiro lugar receberão R$ 10 mil; o segundo lugar R$ 6 mil e o terceiro lugar R$ 3 mil. Nesta quarta edição, a premiação financeira total será de R$ 114 mil, com patrocínio da Finep/MCTI. A cerimônia de premiação nacional está prevista para junho de 2025.

As condições de elegibilidade e todas as informações para inscrições estão disponíveis no edital no site www.fappr.pr.gov.br em Programas/Programas Abertos.

PRAZO – O prazo para indicação de candidatos vai até 14 de outubro. A divulgação do resultado da etapa estadual é a partir do dia 5 de dezembro. O encaminhamento ao Confap dos nomes candidatos recomendados pelo Paraná ocorrerá em 20 de dezembro.

HOMENAGEADO – Desde a sua criação, em 2021, o Prêmio Confap recebe em cada edição o nome em homenagem a um pesquisador ou pesquisadora com relevantes contribuições à CT&I brasileira. Nesta quarta edição (2024), o pesquisador Ennio Candotti foi escolhido por aclamação pelos representantes das 27 Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs) para ser o homenageado.

Nascido em 12 de fevereiro de 1942, em Roma, na Itália, Ennio Candotti emigrou aos dez anos com a família para São Paulo e naturalizou-se brasileiro em 1983. Bacharel em Física pela Universidade de São Paulo (USP) em 1964, especializou-se em física teórica na Universidade de Pisa, na Itália, em 1967; em Física Matemática na Universidade de Munique, na Alemanha, em 1969; e em sistemas dinâmicos na Universidade de Nápoles, na Itália, em 1972.

Foi professor do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) entre 1974 e 1996, e do Departamento de Física da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) entre 1996 e 2008. Após sua aposentadoria, em 2008, transferiu-se para a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) onde foi professor de 2009 a 2012. Foi também professor voluntário da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) de 2013 a 2016.

Candotti idealizou a criação do Museu da Amazônia (MUSA) na Reserva Florestal Adolpho Ducke, em Manaus, em 2009, e o Jardim Botânico a ele associado e, após a sua criação, foi convidado a ocupar o cargo de diretor-geral do MUSA, cargo que exerceu até o dia de sua morte.

Candotti foi presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) por quatro mandatos. Recebeu em 1999 o Prêmio Kalinga de popularização da Ciência concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Em 2001 recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Em 2002 fundou, em conjunto com cientistas e comunicadores indianos e de outros países, a União Internacional para Comunicadores Científicos, com sede em Mumbai, na Índia. Foi membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT) de 2003 a 2007; e de 2011 a 2015.

O pesquisador faleceu em Manaus no dia 6 de dezembro de 2023 aos 81 anos.



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