quinta-feira, maio 8, 2025
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Maio Amarelo: Saúde alerta para impactos dos sinistros de trânsito para o SUS


Durante o Maio Amarelo, mês que mobiliza o País pela segurança viária, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) chama a atenção para os impactos irreversíveis causados pelos sinistros de trânsito, perdas de vidas e incapacidades, o que também gera alto custo para o SUS. Comumente chamados de acidentes, esses eventos são evitáveis e, por isso, não se enquadram na definição estrita de “acidente”.

Segundo levantamento da Sesa, os sinistros envolvendo motocicletas concentram o maior número de internações. Em 2024, foram 8.007 casos, com investimento de R$ 13,4 milhões. Em 2025, até o momento, já são 573 internações, totalizando R$ 838 mil em despesas. As faixas etárias mais afetadas são adultos entre 30 e 59 anos, seguidos por jovens de 15 a 29 anos.

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, reforça que os dados evidenciam a necessidade de ações integradas e contínuas para prevenir a violência no trânsito. “Cada sinistro representa uma vida impactada, uma família abalada e um custo elevado para o sistema público de saúde”, afirma. “A segurança no trânsito é, antes de tudo, uma questão de saúde pública. Estamos comprometidos em salvar vidas e promover uma verdadeira cultura de paz nas ruas e estradas do Paraná. A prevenção e a conscientização são os caminhos mais eficazes para mudar esse cenário”.

Ele destaca, ainda, que os impactos vão além da hospitalização. “Os custos não se limitam às internações hospitalares, mas também envolvem o atendimento pré-hospitalar, cirurgias de emergência e todo o processo de reabilitação física e emocional”, complementa.

MAIO AMARELO – Durante todo o mês, o Governo do Estado promove ações educativas e mobilizações em diversos municípios, com apoio do Programa Vida no Trânsito (PVT). A iniciativa promove intervenções efetivas com foco na redução de mortes e feridos graves, por meio da melhoria da gestão do trânsito, da segurança viária e veicular, do comportamento dos usuários e da resposta dos serviços de emergência.

O programa está presente em 14 municípios paranaenses: Curitiba, São José dos Pinhais, Foz do Iguaçu, Campo Mourão, Cascavel, Francisco Beltrão, Londrina, Maringá, Paranaguá, Paranavaí, Ponta Grossa, Toledo, Araucária e Umuarama. Essas cidades concentram 44% da população do Estado. Em 2024, apresentaram uma taxa de mortalidade por lesões no trânsito de 15,3 por 100 mil habitantes, abaixo da média estadual de 21,7 por 100 mil.

AÇÕES – O Plano Estadual de Saúde (PES) 2024-2027 estabeleceu como meta a redução da taxa de mortalidade por lesões no trânsito para 15,7 por 100 mil habitantes até 2027. Essa meta está alinhada a compromissos nacionais e internacionais, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans) e o Plano de Ações Estratégicas para Doenças Crônicas e Agravos Não Transmissíveis do Paraná (Plano de Dant).

Outra iniciativa fundamental é o Plano Estadual de Segurança no Trânsito do Paraná (Petrans 2025–2030), que foi colocado em consulta pública em 5 de maio. O plano adota uma abordagem abrangente e integrada, com foco na estratégia Visão Zero, que busca eliminar mortes e lesões graves no trânsito.

Entre os destaques do Petrans estão as ações baseadas em análise de dados, identificação de fatores de risco e promoção de uma mobilidade mais segura e sustentável para todos os usuários da via.



Via AEN PR

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