Uma das doenças que mais mata no Brasil é o alcoolismo. O consumo de bebidas alcóolicas causa doenças das mais diversas, mas o vício talvez seja a mais nociva para as famílias. Apesar do sucesso e da imagem de estrela da TV e do teatro, Marco Nanini também teve momentos complicados com isso.
Em entrevista ao “Fantástico” na noite desta domingo, 22 de janeiro, o ator falou a respeito da carreira, sua vida privada e de como superou o álcool antes que se tornasse realmente adicto. Para falar sobre o tema, Renata Ceribelli abordou a amizade com Renato Russo. Foi o cantor que ajudou Nanini. De acordo com ele, o líder do Legião Urbana que resolveu um de seus problemas.
“(A Amizade) foi curta, de tempo, mas foi muito importante. Eu estava ficando muito ‘alto’, vamos dizer assim. Eu senti que precisava de alguma ajuda, mas não queria ir ao ‘Alcóolicos Anônimos’”, afirmou.
O intérprete de Lineu, em “A Grande Família”, Globo, lembrou que Renato lhe deu a coleção de livros do grupo, o que foi essencial nessa virada em sua vida.
“Eu cheguei em casa e abri o primeiro livro, nas primeiras folhas, eu falei ‘amanhã eu não vou beber mais’. Me impactou aquilo. Foi bom”, lembrou.
Prestes a completar 75 anos, Nanini declarou que está muito bem e tem sua própria forma de lidar com a velhice. Principalmente com a forma como o corpo e como ele envelhece. Ao falar sobre o filme “Greta”, no qual aparece nu, ele diz que procurou uma forma de mostrar exatamente a “decadência” do corpo.
A boa relação com o corpo também chega à forma como o ator lida com a idade. Fazer as contas de quantos anos de vida “ainda tem” virou um hobbie:
“Eu estou muito bem, gostando. Tem notícias das pessoas que morrem, tal dia, com tantos anos, fico fazendo as contas de quanto tempo eu ainda tenho. Teve um que morreu com 118. Isso aí eu acho que não chego, não (risos). Eu gosto de viver, gosto de ver as pessoas”.