Moradores do Rio de Janeiro estão entre os brasileiros que mais frequentam cinema, museus e teatros em todo o país. Isso é o que revela a edição mais recente da pesquisa “Cultura nas Capitais”. 
O estudo aponta que o percentual de cariocas que acessam atividades culturais é igual ou maior à média registrada nas 26 capitais e no Distrito Federal em 12 das 14 atividades pesquisadas.
A principal atividade praticada pelos entrevistados no Rio é a leitura, com 67% das respostas. Já o ritmo musical preferido na capital fluminense é MPB, com 39% das citações.
Apenas em apresentações de dança e saraus os resultados ficaram abaixo da média nacional, e, ainda assim, dentro da margem de erro.
O pesquisador responsável pelo estudo, João Leiva, elenca os possíveis motivos para esse resultado.
“O fato de o Rio de Janeiro ter uma população com bom nível de escolaridade… a gente sabe que a escolaridade é importante para estimular o acesso à cultura. A cidade conta com uma rede de equipamentos culturais bastante relevante. A Copa do Mundo e as Olimpíadas, principalmente, acabaram impulsionando a renovação e a criação de alguns equipamentos culturais que têm uma grande importância na vida cultural da cidade, o que acaba puxando o acesso para cima. Isso faz com que, por exemplo, os museus tenham um grande acesso, e os teatros, várias das atividades do Rio, acabem aparecendo com ótimos resultados”.
A pesquisa ainda mostra que os moradores das capitais do Sul e do Sudeste têm mais acesso às atividades culturais, enquanto nas capitais do Centro-oeste, Norte e Nordeste, o acesso é menor.
João Leiva detalha que, na comparação deste estudo com a pesquisa de 2017, que analisou com 12 capitais, houve queda no acesso à cultura em todas as atividades
O pesquisador lembra que a escolaridade é o fator mais importante para estimular o acesso à cultura, mesmo no caso de atividades consideradas populares, como festas e circo.
A pesquisa foi realizada pela consultoria JLeiva Cultura & Esporte e ouviu mais de 19 mil pessoas moradoras de todas as capitais e do Distrito Federal, entre fevereiro e abril de 2024, sobre suas práticas culturais ao longo dos 12 meses anteriores.
