A escritora e militante negra Alzira Rufino morreu na noite dessa quarta-feira (26), em Santos. Ela tinha 73 anos de idade e será cremada sem velório às 14h de hoje, no Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos. Ela deixa a companheira Urivany Carvalho.
Graduada em enfermagem, fundou em 1990 a Casa de Cultura Mulher Negra, em Santos, no litoral paulista. O espaço oferecia acolhimento, com apoio psicológico e jurídico, às vítimas de preconceito racial e violência doméstica. A organização foi responsável também pela revista Eparrei!, que tinha Alzira como editora.
Como poeta e contista, Alzira participou de algumas edições dos Cadernos Negros, organizados pela editora Quilombhoje. Em 1988, lançou o livro de poemas Eu, mulher negra, resisto.
Foi autora de diversos ensaios, como Mulher negra, uma perspectiva histórica (1987) e O poder muda de mãos, não de cor (1996).
Em 2014, recebeu a medalha Ruth Cardoso, conferida pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
*Matéria atualizada às 16h20 para correção de informação sobre o local da morte da escritora.