A Parada do Orgulho LGBTQIAP+ é uma realidade hoje, por conta do empenho de Kaká Di Polly. A artista faleceu, em São Paulo, nessa segunda-feira (23).
A controversa Drag Queen paulistana lutou para que o evento acontecesse, aqui em São Paulo, na década de 1990.
Mais precisamente em 1997, policiais tentava acabar com a passeata. Kaká, não pensou duas vezes e fingiu desmaio para que o os manifestantes pudessem marchar. “Eles tinham fechado pra gente só uma via da avenida. Nós tínhamos que caminhar por aquela faixa e não interromper o trânsito. A polícia chegou e achou que ia ser bagunça, não sei o que, e falaram que ia ficar parado, como uma manifestação.
O Beto chorando, em lágrimas e eu falei ‘pera um pouco, mona, eu vou fazer um negócio’. A hora que eu fizer, você coloca esse caminhão na rua e sai andando com esse povo atrás. Eu fui lá na frente, onde começava a rua, eu estava com uma bandeira oficial do Brasil e a polícia olhando pra mim, aí eu fui ficando nervosa e pus a mão no peito e fingi que eu caí, me joguei no chão”, revelou em entrevista.
Formado em Psicologia, Kaká era ator e transformista, dona de um humor ácido, vai deixar saudade de toda a sua irreverência e despudor.
A artista e também drag Nany People homenageou Kaká Di Polly.