O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, empossou nesta terça-feira 7, o novo superintendente da corporação em São Paulo, delegado Rogério Giampaoli, que substitui Rodrigo Piovesano Bartolamei.  A solenidade foi realizada no auditório da Superintendência da PF, na capital paulista.

Rogério é bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas e especialista em segurança pública pela Universidade do Tocantins. Foi chefe das Delegacias Descentralizadas de Polícia Federal em Jales, Araçatuba e Sorocaba (São Paulo). Atuou como chefe do Núcleo de Inteligência da Delegacia de Polícia Federal em Campinas-SP. Foi coordenador do comando de operações táticas Cote e Coordenador-Geral de Inteligência e Contra inteligência da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (Sesge). 

Em seu discurso de posse, Giampaoli afirmou que os desafios serão enormes e citou os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro em Brasília. “Hoje é a consolidação de anos de trabalho na Polícia Federal, uma das instituições mais respeitadas e prestigiadas do país. Os desafios são enormes. Pois vemos um momento em que a democracia foi ultrajada. E nossa sede e a dos Três Poderes atacadas, vilipendiadas. Momentos únicos de nossa história que nos levam a muita reflexão, posicionamentos e atitudes firmes. Afora esses ataques ao estado democrático de direito, temos alguns crimes de atribuição da polícia federal em ascensão”, destacou o novo superintendente. 

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Augusto Passos Rodrigues, participou da cerimônia de posse e também destacou a atuação da Polícia Federal nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.  

“Participo desta solenidade após o início de jornada extremamente atípico e desafiador. Com satisfação, vejo que, apesar da magnitude dos disparatados e criminosos acontecimentos recentes, nossa instituição foi capaz de dar uma resposta vigorosa, necessária e esperada pela sociedade brasileira, demonstrando estar preparada para grandes desafios e para uma atuação como instituição de estado”, ressaltou. 

O diretor-geral da Polícia Federal ainda citou os motivos da escolha de Giampaoli. “São Paulo é uma posição tão estratégica que foi cuidadosamente pensado. [Giampaoli] é conhecedor das peculiaridades e complexidades de São Paulo, é nascido aqui, é um líder que assume a responsabilidade do comando com total domínio das funções de sua equipe”.

Andrei ainda afirmou que a autonomia investigativa e a gestão das operações policiais será um ‘mantra’ da atual administração. “Todas as nossas investigações deverão ser coordenadas com base no trinômio: qualidade da prova, autonomia investigativa e responsabilidade. Teremos absoluto rigor em relação a desvios e personalismos. Não permitiremos que projetos pessoais, interferências, pressões de qualquer órgão, grupos ou holofotes da mídia, pautem qualquer ação institucional. Nenhum desvio de finalidade será tolerado. Sei que beira o óbvio, porque faz parte dos nossos valores institucionais e pessoais de todos que aqui estamos, mas nesses tempos de absurdo em que vivemos nunca é demais ressaltar”, destacou.



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