A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) enviou nesta sexta-feira (3) um ofício para o Ministério da Saúde solicitando apoio emergencial para o combate as arboviroses no Paraná, especialmente a chikungunya, que também é transmitida pelo Aedes aegypti (mosquito da dengue). O documento requisita insumos como testes sorológicos e inseticida para uso do fumacê.

No ofício, o secretário de Estado da Saúde, César Neves, faz algumas considerações sobre a situação epidemiológica no enfrentamento das arboviroses no Paraná. As ponderações incluem a circulação de dois sorotipos de dengue no Estado, a epidemia de chikungunya no Paraguai e o alerta emitido pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Paraná (Cievs) considerando o fluxo intenso de pessoas na fronteira Brasil-Paraguai.

O documento reforça ainda o desabastecimento do Laboratório Central do Estado (Lacen/PR) em relação aos kits para realização de exames sorológicos e o desabastecimento previsto de inseticidas adulticidas para controle químico vetorial. Em junho, agosto e setembro do ano passado, a SESA já havia feito solicitações e recebeu 1,5 litros mil do inseticida “Cielo”, quantidade insuficiente, segundo a Pasta.

“Os insumos que solicitamos servem para prevenção da dengue, zika vírus e a chikungunya, que neste momento nos preocupa bastante, dada a situação da doença no Paraguai. Contamos com o apoio do governo federal para esse combate, para que possamos frear a disseminação da doença e preservar o maior número de paranaenses do contágio”, alertou o secretário.

A Sesa já havia emitido um alerta para casos de chikungunya nesta quinta-feira (2), após o Ministério da Saúde e Bem-Estar Social do Paraguai confirmar um surto da doença no país. Ainda nesta sexta (3), a secretaria estadual da Saúde recebeu a informação oficial da primeira confirmação de caso autóctone (quando a contaminação é local) no município de Pato Branco, no Sudoeste do Estado.

O último boletim epidemiológico divulgado pela pasta nesta semana traz 126 notificações, sete casos confirmados (todos importados) e 73 em investigação.



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