Uma operação da Divisão de Transporte Aéreo da Casa Militar, iniciada na noite desta quinta-feira (22) e que se estendeu até esta sexta (23) garantiu a agilidade no transplante de órgãos no Paraná e no Distrito Federal.
A aeronave Caravan se deslocou de Curitiba para levar a equipe médica da Central Estadual de Transplantes até a cidade de Campo Mourão, no Centro-Oeste, para captação de um coração que foi levado até Maringá, no Noroeste, e na sequência transportado até o Distrito Federal.
A aeronave Caravan também fez o transporte de fígado e rins para Curitiba, onde um helicóptero os levou do Aeroporto do Bacacheri para Campo Largo, na Região Metropolitana. A identidade do doador e dos receptores é sigilosa.
O uso de aeronaves, que antigamente serviam exclusivamente as autoridades, e que agora atendem o transporte de órgãos e outras emergências de saúde, coloca o Paraná como referência no transplante de órgãos no Brasil. Somente entre janeiro e maio deste ano foram 338 órgãos transplantados no Estado, segundo um levantamento do Sistema Estadual de Transplantes do Paraná.
A agilidade é crucial para o sucesso do procedimento por conta do tempo de conservação dos órgãos. Um coração, por exemplo, precisa ser transplantado em até quatro horas. Para um transplante de fígado são necessárias 12 horas.
Para isso, o Departamento de Transporte Aéreo atende as demandas emergenciais a qualquer hora do dia ou da noite. E com a agilidade também das equipes da Central Estadual de Transplantes o Estado foi o segundo no Brasil no ano passado em doação por milhão de população (pmp), de acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).
RELATÓRIO – A média de transplantes no Estado em 2022 foi de 69,8 pmp, atrás apenas do Distrito Federal (77,9 pmp) – a média nacional é de 37,6 pmp. Foram 1.731 transplantes no ano passado no Estado, de acordo com o relatório anual da ABTO: 930 de córnea, 468 de rim, 312 de fígado, 20 de coração e um de pulmão.