Um estudo do Instituto de Química da Universidade Federal Fluminense, a UFF, propõe uma nova forma de retirar poluentes das águas, de maneira sustentável. A universidade elaborou um biocarvão magnético, a partir da casca do coco verde, resíduo que leva de 10 a 15 anos para se decompor. Desta forma, o estudo promove a remoção de contaminantes, utilizando como meio um resíduo já descartado, a casca do coco verde. O biocarvão possui potencial de absorção de matérias contaminantes, separando os compostos da água. 

Marcela de Moraes, orientadora da pesquisa, resume as vantagens do processo. 

Os poluentes coletados são fármacos, produtos de higiene pessoal e outros classificados como “contaminantes emergentes”, que representam um risco ambiental significativo, uma vez que não são completamente removidos por estações de tratamento de água e esgotos convencionais, gerando bioacumulação e riscos para os seres humanos e meio ambiente, como explica Marcela de Moraes. 

O estudo cumpre com dois dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pelas Nações Unidas em 2015, sobre saneamento e vida marinha, e foi tese de doutorado do pesquisador Bruno Salarini Peixoto, com financiamento da Faperj, CNPQ e Capes. 



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