O governador em exercício Darci Piana recebeu nesta segunda-feira (1º), no Palácio Iguaçu, a equipe paranaense de robótica Osíris, que foi vice-campeã de um torneio internacional realizado nos Estados Unidos em junho. O grupo é formado por estudantes e ex-estudantes de escolas públicas e privadas de Curitiba e Região Metropolitana e contou com patrocínios da Sanepar, Celepar e Fomento Paraná para viajar até a cidade de Worcester, no estado norte-americano do Massachussetts.

Piana parabenizou os alunos pela conquista internacional e os técnicos da equipe pela iniciativa voluntária. Ele também lembrou que o Governo do Estado tem investido forte no incentivo ao uso de novas tecnologias no ensino público, com a implantação de aulas de programação e robótica nas escolas que compõem a rede estadual de ensino. Nos últimos anos, o Estado destinou R$ 302 milhões na compra de 48 mil computadores, 50 mil tablets, 20 mil kits de robótica e cerca de 18 mil notebooks.

“Ao implantar aulas de robótica e programação para os alunos das escolas estaduais, o Governo do Estado está fomentando uma formação alinhada às demandas do mercado, incentivando o aprendizado de habilidades cada vez mais exigidas pelas empresas de todo o mundo, muitas das quais têm procurado o Paraná para se instalar”, afirmou.

“Estes alunos são um exemplo para milhares de outros estudantes paranaenses que hoje têm a oportunidade de se aprofundar nessa área e que também podem competir em pé de igualdade com pessoas do mundo todo”, acrescentou Piana.

PROJETO – Batizada de Osíris, a equipe paranaense superou outros 106 times de 38 países. O projeto que levou o prêmio consiste em uma placa controladora peitoral e motores de vibração que têm como objetivo diminuir dificuldades enfrentadas por idosos com capacidade motora reduzida ao praticar atividades de fisioterapia e dança.

A ideia surgiu a partir da identificação da dança como um importante hobby para a população idosa e de como a perda da memória muscular e dificuldade com os exercícios acabava desestimulando a prática por esse grupo. Ao facilitar a aprendizagem ou reaprendizagem, o projeto estimula a permanência dos idosos na dança, o que representa um estímulo físico, cognitivo e social relevante para as pessoas nessa faixa etária.

O equipamento, batizado de Stimmove, já havia vencido o Festival Sesi de Educação, em Brasília, onde a Osíris competiu com outras 100 equipes de 22 estados, o que garantiu aos paranaenses a vaga para o torneio internacional.

Os cinco estudantes dos ensinos fundamental e médio que participaram têm de 13 a 16 anos e são de quatro escolas estaduais e uma particular. São eles: Nicoly Machado, Ana Carolina Machado, Manuella Reckziegel, Gabriel Martiliano e Tomaz de Lima. A equipe reúne estudantes do Colégio Estadual Cívico-Militar Etelvina Cordeiro Ribas, do Colégio Estadual Máximo Atílio Asinelli, Sesc São José, Colégio Social Madre Clélia e Colégio Alto Padrão.

EQUIPE – Criada em 2020 em Curitiba pelo estudante de Engenharia Mecânica Wellinghton dos Santos Matte e o Analista em Sistemas de Informação Rodrigo Teleginski Vidal, a Osíris tem como objetivo estimular a participação de crianças e adolescentes em projetos de robótica. A equipe seleciona anualmente até 10 alunos que recebem conteúdos de Ciência, Tecnologia e Iniciação Científica, diariamente, no contraturno das aulas durante a semana e nos fins de semana, incluindo o período das férias escolares, com prioridade para estudantes das escolas públicas.

“A nossa intenção é dar oportunidade para que mais jovens pudessem participar dessa área de ciência e tecnologia e das competições de robótica como nós já participávamos”, contou Matte, que além de idealizador atua como técnico da Osíris. “Desde então, a gente já conseguiu 16 premiações em quatro anos, sendo essa nos Estados Unidos a mais importante porque pudemos representar o Paraná e o Brasil para o mundo”.

“Sermos vice-campeões mundiais com um projeto independente que nós fizemos de forma voluntária por cinco anos é uma experiência indescritível e a nossa ideia expandir o projeto para poder propiciar isso para mais jovens de escola pública”, concluiu Matte.

A estudante Ana Carolina Machado, do Colégio Estadual Máximo Atílio Asinelli, do bairro Uberaba em Curitiba, conta que ingressou na equipe por influência de conhecidos e que os dois anos de atuação na Osíris foram fundamentais para a escolha dos próximos passos na sua formação acadêmica.

“Eu soube da oportunidade pelo amigo da minha irmã e até então não tinha nenhum conhecimento em robótica. Foram dois anos atuando e participando de campeonatos, o que me fez me interessar muito pela Engenharia de Bioprocessos, que é o que eu quero fazer da vida a partir de agora”, disse.



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