Mulheres que atuam com a sericicultura agora têm até o dia 7 de março de 2025 para se inscrever no Concurso Seda Paraná, promovido pelo Governo do Estado. O
com a mudança do cronograma está no site da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), que organiza o concurso junto com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater (IDR-Paraná) e a Prefeitura de Nova Esperança.
Serão selecionadas as melhores produtoras de fio de seda do Estado. As duas que tiverem a maior produção e a melhor qualidade ganharão uma viagem para a França, onde vão participar do Festival da Seda, em Lyon.
Qualquer mulher, com mais de 18 anos e que esteja à frente da gestão da propriedade, pode participar do Concurso Seda Paraná. As inscrições devem ser feitas nos municípios onde há entrepostos de empresas que recebem casulos ou nos escritórios do IDR-Paraná. Após apresentar a documentação e preencher um formulário virtual, a produtora tem o compromisso de inserir, mensalmente, as notas que confirmam o volume de venda de casulos e o teor de seda.
A partir daí os extensionistas do IDR-Paraná fazem o lançamento das informações em uma planilha que vai levantar as maiores produções. Uma comissão técnica vai analisar a produção e apontar as vencedoras.
“O Concurso Seda Paraná é uma oportunidade única para reconhecer e valorizar o trabalho incansável das mulheres que fazem da sericicultura uma verdadeira arte e um motor importante para a economia do nosso Estado”, afirma a primeira-dama do Paraná, Luciana Saito Massa.
“Ao prorrogar o prazo de inscrições, garantimos que mais mulheres possam participar e mostrar o seu talento e dedicação. O Paraná é líder nacional na produção de seda, e essa conquista só é possível graças ao protagonismo feminino, que segue transformando a realidade do campo com força, competência e muita paixão”, enfatiza Luciana.
CRONOGRAMA – O desempenho das sericicultoras será avaliado até 30 de maio de 2025. A cerimônia de premiação ocorrerá em agosto do próximo ano e a viagem em novembro de 2025.
NÚMEROS – O Paraná é líder nacional em sericicultura, produzindo 86% da seda do Brasil, seguido por São Paulo (10%) e Mato Grosso (4%). Grande parte dessa produção tem origem em propriedades familiares, onde a sericicultura é uma forma de diversificar a produção, e as mulheres são parte importante dessa cadeia produtiva.
De acordo com Gianna Maria Cirio, gerente da Câmara Técnica do Complexo de Seda do Paraná, a criação do bicho-da-seda é uma atividade minuciosa que exige a observação regular do plantel, cuidados com o manejo e alimentação. Para ela, são atividades que as mulheres vêm desempenhando com muita competência.
O fio de seda paranaense é exportado para a França, Itália, Japão, Índia e China. No ano passado a sericicultura rendeu R$ 39,2 milhões, com a produção de 1,4 mil toneladas, de acordo com dados preliminares do Departamento de Economia Rural (Deral).
O município de Nova Esperança, no Noroeste do Paraná, considerado capital nacional da seda, lidera a produção com 138,8 toneladas de casulos produzidos, em 277,6 hectares, que geraram um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 4,1 milhões no ano passado. Dos 399 municípios paranaenses, 153 atuam com a sericicultura. A atividade envolve cerca de 1,3 mil produtores no Estado.