O maior investimento da história do programa Escola Mais Bonita já está na conta das 1.500 unidades da rede estadual de ensino que serão beneficiados em 2025. Iniciativa do Governo do Estado, gerenciada pela Casa Civil e executada pela Secretaria de Estado da Educação e pelo Fundo Rotativo do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), o Escola Mais Bonita é um dos principais programas de infraestrutura escolar do Paraná.
Em seis anos de execução, já beneficiou 1.900 escolas, impactando diretamente mais de 500 mil estudantes com reformas em bibliotecas, laboratórios, pátios e quadras esportivas.
Para 2025, o Governo do Paraná ampliou os investimentos no programa, destinando R$ 150 milhões. O investimento representa um aumento de 13,6% em relação a 2024. Serão atendidas escolas em 371 municípios, garantindo a realização de serviços essenciais como reparos em alvenaria, hidráulica e elétrica, melhorias em acessibilidade e adequações de segurança. Os recursos, distribuídos em cotas de R$ 50 mil a R$ 100 mil, permitindo que cada escola aplique os valores de acordo com suas necessidades.
“O Escola Mais Bonita é um programa essencial para garantir que nossas instituições de ensino estejam sempre em boas condições para receber alunos e professores”, diz o secretário estadual da Educação, Roni Miranda. “Esse investimento recorde demonstra a prioridade que o Governo do Estado tem dado à infraestrutura escolar, garantindo espaços mais seguros, acessíveis e bem estruturados para o aprendizado”.
PINTURA E AMPLIAÇÕES – O Colégio Estadual Professor Altair da Silva Leme, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), é uma das escolas contempladas pelo programa neste ano. A instituição de ensino atende 1.230 estudantes e recebeu um aporte de R$ 100 mil para melhorias em sua infraestrutura.
Entre as principais intervenções planejadas, está a restauração da pintura da quadra de esportes, que visa proporcionar um ambiente mais confortável para as atividades de Educação Física e para a socialização na hora do intervalo.
Além disso, a escola realizará a reforma do refeitório, que atualmente possui uma área sem cobertura e não comporta todos os estudantes no horário da merenda. Com o novo revestimento, espera oferecer mais espaço durante as refeições, além de garantir maior conforto térmico em dias chuvosos.
O diretor do colégio, João Thomaz Millek, destaca que o programa proporciona mais autonomia ao gestor, permitindo que os recursos sejam direcionados conforme as necessidades dos estudantes. “O impacto é estrondoso, porque o estudante tem a escola como segunda casa. Deixando a escola mais confortável, aumenta a permanência do aluno, o acolhimento é muito melhor”, afirma.
ADEQUAÇÃO NOS BANHEIROS – O Colégio Estadual Inêz Vicente Borocz, no bairro Sítio Cercado, em Curitiba, recebeu R$ 100 mil pelo programa. O plano, segundo o diretor da escola, é adequar os banheiros antigos às normas atualmente vigentes. A previsão é iniciar as primeiras obras a partir de abril e finalizá-las em maio. Serão 1.400 estudantes beneficiados com as reformas.
“O projeto ajudou demais na gestão da nossa escola. Agora podemos agilizar os reparos pendentes e que talvez não conseguíssemos fazer apenas com os recursos do fundo rotativo”, explica o diretor, Daniel de Paula Neves Sousa.
Ele conta que a cota do ano passado (metade do valor recebido este ano) já permitiu a adequação de três dos sete banheiros às normas de acessibilidade. “O projeto ajudou especialmente no conforto e na segurança dos alunos cadeirantes e de nossa aluna tetraplégica. Este ano poderemos reformar pisos, portas e descargas antigas de outros banheiros. Os recursos do Escola Mais Bonita têm transformado totalmente a realidade do nosso espaço de aprendizagem”, finaliza.
APLICAÇÃO DOS RECURSOS – Os valores do programa Escola Mais Bonita são creditados diretamente na conta das instituições de ensino e distribuídos em cotas de R$ 50 mil ou R$ 100 mil, dependendo das demandas de cada escola.
Os diretores das instituições têm autonomia para gerirem a aplicação do recurso, conforme as carências de suas comunidades escolares. As demandas variam de acordo com o local, porém o programa visa atender necessidades de manutenções prementes, pequenas reformas nos ambientes físicos (reparos simples de alvenaria, hidráulica e elétrica), além de proporcionar a aquisição de equipamentos e mobiliários para os espaços comuns aos estudantes.
A listagem das instituições aptas a participarem do projeto é elaborada anualmente por meio de um trabalho conjunto entre o Departamento de Engenharia e Projetos do Fundepar e o Departamento Financeiro do Instituto, a fim de garantir que as escolas que recebem a cota de investimento não estejam recebendo outro tipo de intervenção ou recurso destinado a fins semelhantes.