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Saúde do Paraná é destaque nacional em estratégias de cobertura vacinal


A Secretaria da Saúde do Paraná foi destaque na reunião da Câmara Técnica de Epidemiologia do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), em Brasília, nesta quinta-feira (18), com duas ações estratégicas bem-sucedidas para a recuperação das coberturas vacinais no Estado. O evento reuniu técnicos, coordenadores de vigilância epidemiológica e de imunização estaduais e profissionais da saúde de diversos estados.

Uma das atividades foi a mostra da gestão estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) que destacou experiências exitosas realizadas no Brasil referentes à vacinação da população. Dos 50 trabalhos inscritos,13 foram selecionados pelos  resultados apresentados, dentre eles dois do Paraná.

O objetivo da iniciativa do Conass é incentivar estratégias, estimular ações e disseminar experiências exitosas que contribuam para a qualificação do trabalho em saúde, com resultados assertivos. Outro fator importante para a escolha das iniciativas é a possibilidade de ser reproduzida em diferentes locais. “É incentivador e gratificante para um gestor saber que as ações realizadas por suas equipes produzem resultados efetivos e que beneficiam diretamente a população. Posicionar nesta nesta seleção, entre tantas propostas, é fruto de muito trabalho”, destacou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.

Uma das experiências do Paraná se baseou na inclusão de todas as gestantes e puérperas no plano estadual de imunização contra a Covid-19 e a diminuição da mortalidade materna no Estado. A estratégia investiu em educação permanente deste público em específico, com ações conjuntas entre entidades como o Conselho Regional de Medicina, Conelhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems), Ministério Público.

Além disso, foram elaboradas notas orientativas de cuidado durante a pandemia e a criação dos 10 passos para prevenção da mortalidade materna pela Covid- 19, com destaque para o último passo que incentivava as mulheres grávidas e puérperas para a imunização contra a doença. O trabalho realizado refletiu no número de óbitos que passou de 122, no auge da pandemia em 2021, para 55 em 2022. Essa redução foi possível por conta  da vacinação e do cuidado.

Eder Gatti, diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, acompanhou as apresentações e falou sobre essa troca de experiências entre os estados. “O Paraná apresentou uma iniciativa muito importante e que deu certo.  Temos de  observar o método e os resultados para replicarmos no Brasil inteiro. O que dá certo precisa ser copiado, pois engrandece o sistema de saúde”, reforçou.

AÇÃO REGIONALIZADA – A segunda experiência em destaque foi desenvolvida  na 8ª Regional de Saúde, de Francisco Beltrão, na região Sudoeste do Paraná. A ação buscou ampliar  a utilização do sistema e-SUS (sistema de dados do governo federal) nos municípios da Regional para registro de doses aplicadas de vacinas.

Percebeu-se que durante o ano de 2021, as coberturas vacinais dos municípios que utilizaram esse sistema para o registro de vacinas eram os que tinham atingido as metas vacinais nas crianças menores de 1 ano de idade em 8 vacinas (BCG, Rotavírus, Pneumocócica, Meningocócica, Pentavalente, Pólio Inativada, Febre Amarela e Tríplice Viral). No ano de 2022 após a implementação do sistema e-SUS em 19 municípios, a 8ª Regional de Saúde foi a única do Estado que atingiu a cobertura nestas vacinas.

As iniciativas paranaenses selecionadas foram apresentadas pela diretora de Atenção e Vigilância da Sesa, Maria Goretti Lopes; a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Acácia Nasr, e a chefe da Divisão de Vigilância do Programa de Imunização, Virgínia Dobkowski Franco dos Santos.

COMPARTILHAR –  A coordenadora da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Lely Guzman, o compartilhamento de informações. “Tivemos a oportunidade de compartilhar o sucesso com os objetivos de adequar, adaptar e orientar as gestões em nível local. Não são iguais, mas existe uma base que pode ser aplicada em qualquer território, com suas particularidades”, disse a coordenadora.

Minas Gerais, Paraíba, São Paulo, Amazonas, Rondônia, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte foram os demais estados selecionados para a apresentação de suas experiências voltadas para a imunização das pessoas. “Recebemos mais de 50 trabalhos e selecionamos aqueles que tinham maior facilidade para serem replicados. As experiências paranaenses foram muito interessantes. Principalmente a queda da mortalidade materna em gestantes a partir da mobilização da vacinação. Essa ação mostrou a eficiência dessa experiência”, complementou Nereu Henrique Mansano, assessor técnico do Conass.

Além dos representantes das secretarias estaduais também participaram do encontro Jurandi Frutoso, secretário executivo do Conass, e Alessandro Chagas, assessor técnico do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).



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