De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a demência é uma das principais causas de incapacidade e dependência entre os idosos e ocupa a sétima posição entre as causas de morte nesta faixa etária. O Alzheimer é a forma mais comum, responsável por 60% a 70% dos casos. Estima-se que no Paraná cerca de 110 mil pessoas convivam com a demência.

Neste mês de setembro, instituído como o Mês Mundial do Alzheimer, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) alerta sobre os cuidados adequados para evitar a doença e ressalta a importância de empatia e compreensão para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e das famílias que os acompanham.

A estratégia de cuidado à saúde das pessoas idosas do Paraná, proposta na Linha de Cuidado e no Projeto Envelhecer com Saúde, prevê a prevenção e identificação precoce da fragilidade e dos principais fatores de comprometimento da saúde deste segmento etário, entre eles o declínio cognitivo que inclui as síndromes demenciais.

“A demência não faz parte do envelhecimento normal, precisamos estar atentos aos primeiros sinais da doença e realizar o diagnóstico precoce, que pode ajudar a melhorar o acesso ao tratamento, cuidados e suporte social e familiar”, disse o secretário de Estado da Saúde, César Neves.

Além das questões relacionadas ao diagnóstico da doença, algumas ações e hábitos de vida saudáveis podem retardar ou minimizar os impactos desta condição. Entre eles está a prática regular de exercícios, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, controlar o peso, manter uma dieta saudável e garantir níveis adequados de pressão arterial, colesterol e glicose.

Os fatores de risco incluem depressão, isolamento social, baixa escolaridade, inatividade cognitiva, poluição do ar, obesidade, perda auditiva, perda visual e níveis elevados de LDL colesterol.

O tratamento da demência tem o objetivo de controlar os sintomas e retardar a evolução da doença. A Sesa, por meio do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF), fornece gratuitamente os medicamentos específicos para todas as fases dessa condição.

“Não existe a cura para a demência, mas manter a qualidade de vida e promover o bem-estar, como a prática de atividade física e participação de atividades e interações sociais, ajudam a estimular o cérebro e manter as funções diárias. Além disso, os medicamentos podem ajudar a controlar os sintomas da demência”, enfatizou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes.

Veja os 10 sinais de alerta mais comuns da demência:

– Perda de memória que interfere na vida cotidiana, como esquecer informações aprendidas recentemente, datas/eventos, fazer perguntas repetidas

– Dificuldade de planejamento ou resolução de problemas

– Problemas com a linguagem verbal ou escrita (dificuldade em nomear objetos)

– Desorientação em relação ao tempo e lugar

– Capacidade de julgamento ruim ou reduzida, como por exemplo, menos atenção à higiene pessoal e limpeza

– Dificuldade para acompanhar os acontecimentos

– Perda de objetos (colocá-los em locais errados e não conseguir reencontrá-los)

– Mudança de humor e comportamento, podendo apresentar confusão, desconfiança, ansiedade, irritabilidade

– Dificuldade em entender imagens visuais e relações espaciais, comprometimento do equilíbrio e no julgamento de distâncias

– Afastamento do trabalho e das atividades sociais



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