Gestores e profissionais da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Ministério da Saúde (MS) e Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) reúnem-se nesta terça e quarta-feira (15 e 16) para tratar do panorama da dengue no Paraná. O encontro, em Curitiba, tem dois objetivos: avaliar a epidemia de dengue durante o último período epidemiológico e propor ações para o enfrentamento de novos casos da doença para os anos de 2024/2025.
A Oficina de Avaliação Pós-Evento é coordenada pelo governo federal e será realizada em oito estados brasileiros mais o Distrito Federal. Essa iniciativa avalia as ações que foram desenvolvidas pelo Estado ou pelos municípios para enfrentamento da epidemia da dengue no território local.
Jaqueline Silva de Oliveira, consultora nacional na Coordenação de Emergência e Inteligência em Saúde da Opas, disse que o Paraná cumpriu uma das premissas no combate à doença, que é o alinhamento multissetorial.
“Nós podemos observar uma interação muito grande entre diferentes pastas. Além da Secretaria de Saúde, houve um movimento com diversos órgãos estaduais e outras secretarias que compõem o Governo. Isso faz muita diferença”, disse ela.
“Para combater a dengue, precisamos de ações de saúde, mas também da colaboração com outros órgãos, como aqueles responsáveis pela limpeza pública, saneamento urbano, educação. Toda essa soma de esforços entre as diferentes áreas é fundamental para garantir o sucesso das ações”, acrescentou.
Profissionais das áreas de controle de vetores, de vigilância epidemiológica, de gestão, comunicação e assistência participam da oficina.
“Nosso intuito é focar em medidas de prevenção, controle, capacidade de resposta e monitoramento. Nossas estratégias estão no caminho certo e o aprimoramento é essencial para a continuidade do trabalho”, afirmou Maria Goretti Lopes, diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa.
No último período sazonal, o Paraná contabilizou 939.453 notificações, 595.732 casos confirmados e 610 mortes em decorrência da dengue. O maior número dos últimos anos.