A Secretaria de Estado da Saúde promove capacitação para alertar médicos e outros profissionais da área de saúde que trabalham no atendimento à população. O Estado ainda não registra casos da doença, mas o alerta foi dado pela ocorrência da morte de macacos em Antonina. A região está muito próxima da divisa com São Paulo, que já registrou a ocorrência de casos.
Nos dois últimos dias a Superintendência de Vigilância em Saúde realizou capacitação pontual nas 1ª e 2ª Regionais de Saúde (Região Metropolitana de Curitiba e Litoral) por serem as áreas mais próximas à divisa com o Estado de São Paulo, onde já foi comprovada a circulação do vírus e foi registrada a ocorrência de casos de febre amarela no Vale do Ribeira.
Em Paranaguá, os sete municípios da Regional que cuida do Litoral participaram da capacitação sobre as estratégias de vacinação e diagnóstico de casos suspeitos. Mais de 50 pessoas que trabalham com epidemiologia, atenção básica e ambiental participaram do encontro.
De acordo com o superintendente interino de Vigilância em Saúde, João Luís Crivellaro, os sintomas da febre amarela podem ser facilmente confundidos com os de outras doenças, daí a importância do alerta às unidades.
Na quarta-feira (24) os técnicos da Vigilância recolheram os três macacos mortos na Reserva de Guaricica, em Antonina. De dois deles foi possível recolher material para descobrir a causa da morte, já que há suspeita de que seja febre amarela. As amostras foram enviadas para a Fiocruz-Paraná e os resultados devem ser conhecidos já na próxima semana.
Na mesma quarta-feira, a Secretaria da Saúde enviou ofício à Secretaria de Desenvolvimento Ambiental e Turismo para restringir e controlar a circulação de pessoas nas matas da região litorânea. Por isso, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) já fechou, por 15 dias, as Unidades de Conservação Estaduais do Litoral a partir desta quinta-feira (24).
IMUNIZAÇÃO – A vacina contra febre amarela está disponível em todo o Estado e as pessoas com idades entre nove meses e 59 anos devem ser vacinadas, a não ser que já tenham sido imunizadas anteriormente.
A maior preocupação está no Litoral e nos municípios do Vale do Ribeiro por causa da proximidade com São Paulo. Mas nesta época do ano, com o aumento da movimentação de férias, as pessoas precisam tomar mais cuidado.
A médica veterinária Ivana Belmonte, da Vigilância Ambiental alerta a população para que não mate os macacos, uma vez que os bichos não transmitem a febre amarela. Ao contrário, eles servem de aliados, já que a morte deles é um importante sinalizador para a existência do mosquito com o vírus transmissor.