Seu Jorge e Rogê
Foto: Elaine Groenestein

A gente sempre vê casos de músicos e pessoas famosas dando nomes diferentes aos filhos, que muitas vezes são belíssimos e têm tudo a ver com a história daquelas pessoas. Poderia ser o caso de Seu Jorge, mas ao menos inicialmente o cantor foi impedido pela Justiça brasileira de homenagear uma verdadeira herança nacional.

Ele tentou batizar seu filho mais novo com a terapeuta Karina Barbieri como Samba, mas, de acordo com diversos portais como MetrópolesBand UOL, foi impedido pelo cartório.

Nascido na Maternidade São Luiz Star, em São Paulo, o bebê ainda pode ter o nome desejado pelos pais. Para isso, Seu Jorge e Karina devem entrar com recurso através de advogados, com base na Lei de Registros Públicos, de 1973, que permite que haja revisão do caso por um juiz competente.

Não há, inclusive, uma regra bem definida ou uma lista de nomes proibidos. A diretriz que se segue é não “expor ao rídiculo o portador”, o que certamente parece um exagero quando se trata de um nome com tanto significado.

Internet se revolta após Seu Jorge não poder registrar filho como Samba

Naturalmente, o caso gerou bastante repercussão nas redes sociais e milhares de brasileiros ficaram indignados com os responsáveis pelo registro da criança, alegando que não faria nenhum sentido a proibição e trazendo até exemplos de nomes considerados muito piores no quesito “exposição ao ridículo”.

Quem se pronunciou de forma bem afirmativa sobre a situação foi Carlinhos Brown, amigo de longa data de Seu Jorge, que explicou toda a beleza do nome e por que ele deveria ser permitido:

Vários de nós já levamos sobrenomes de nobres famílias, em uma forma de nos identificar como ‘pertences’ da escravidão. A palavra ‘Samba’, antes de existir como estilo para o Brasil de história recente, já perdura entre famílias Wolof e Baye Fall, naturais do Senegal. É uma etnia Griô, uma etnia de sabedoria. Provavelmente, possam ter ligação com o povo Bantu.

Grandes homens foram batizados como ‘Samba’. El Hadji Samba Diabaré, compositor considerado patrimônio pela UNESCO, e o super baterista senegalês Mokthar Samba são exemplos disso.

Então, Samba é um nome lindo também para se dar para pessoas, sobretudo oriundas da África. O samba deixa explícito a miscigenação brasileira, mas sua origem está óbvia. Viva os dois Sambas: o meu sobrinho e o samba de se cantar!

Justíssimo, né? Veja abaixo algumas das postagens sobre a situação.

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Via R7.com